Economia

COOPERATIVISMO: O Armazém de Serrinha e a nova cultura, p OHARA GRECE

Essa é uma iniciativa importante do governo Wagner, o qual tem dedicado atenção especial à agricultura familiar, justo na Bahia que é o estado da Federação com maior número de rurai
Ohara Grece , Salvador | 11/03/2013 às 11:31
Maracujá da Caatinga com valor agregado, em geleia e design competitivo
Foto: Manu Dias Gov/BA
   O programa Vida Melhor no Campo desenvolvido pela SEAGRI/SUAF/EBDA com apoio e integração da Setre/Sesol, Sedir/Car, SICM/Sudic e Sebrae que inaugurou o primeiro Armazém da Agricultura Familiar e Economia Solidária, em Serrinha, representa um suporte expressivo e inovador às cooperativas baianas que atuam no segmento rural.

   O objetivo central é apoiar a comercialização dos produtos com alguma competitividade, nada que concorra diretamente com as marcas multinacionais que abarrotam os supermercados com seus produtos com forte e permanente marketing nos meios de comunicação de massa, rádio e tv, especialmente, mas, pelo menos se inserir nesse contexto e conseguir fatias do mercado.

   Esse tem sido ao longo dos anos a principal questão no entrave ao desenvolvimento das cooperativas da agricultura familiar, como expandir as vendas dos produtos gerados nas associações comunitárias e cooperativas, permitindo a sustentabilidade e melhorando a rendas das pessoas. Normalmente esses compostos de produtos têm uma escala de vendas doméstica, como o próprio nome diz, restrito às famílias ou a comunidades próximas, sem escala.

   O que se pretende com os armazéns, e o de Serrinha é o primeiro de cinco outros - Juazeiro, Chapada Diamantina, Sudoeste,  litoral Sul e RMS - é, exatamente, dar esse suporte com pontos de vendas específicos, com marca própria (Armazém) e agregar valor aos produtos com apoio das novas tecnologias, do marketing, de design atrativo e assim por diante.

   Daí a importância do Sebrae no projeto que vai colocar à disposição do Armazém técnicos especializados em mercados e gestão de empreendimentos agroindustriais e ou em regime de economia solidária. E, no que diz respeito a questão de orientação a essas famílias, chamando a atenção das mesmas numa linguagem clara para questões  como composição de preços estratégias de vendas, exposições de produtos e estoques.

   Na verdade, se trata de um projeto integrado com a participação de vários órgãos governamentais e que, se bem estruturado em permanência initerrupta, vai gerar uma nova cultura, expandir o cooperativismo e ajudar e muito a agricultura familiar a sair da fase ainda tão, em alguns casos, como nos primórdios da colonização.

   Essa é uma iniciativa importante do governo Wagner, o qual tem dedicado atenção especial à agricultura familiar, justo na Bahia que é o estado da Federação com maior número de rurais, e abriga também no seu território, o maior pedaço do semi-árido, sujeito a sazonais estiagens como está acontecendo nesses dois últimos anos, um drama que parece não ter fim.

   O cooperativismo ajuda e muito a sair desse atoleiro, desse ciclo permanente da seca. E sem duvida esse foi um importante passo para o sistema cooperativista.