Economia

COOPALM expande cultivo da cultura do palmito no Baixo Sul da Bahia

O produtor e moradores dos municípios baianos de Ituberá, Nilo Peçanha e Taperoá decidiram se organizar em cooperativa
Fundação Odebrecht , Salvador | 04/03/2013 às 09:46
Expansão da cultura do palmito no Baixo Sul da Bahia
Foto: FO
“Ver as transformações na vida das pessoas é o que faz meu trabalho valer a pena”, relata, contente, Raimundo Santos. O agricultor, filho de Ituberá (BA), há quatro anos assume a presidência da Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm) e presta apoio aos 504 produtores associados. Devido a esse compromisso, Raimundo visita, frequentemente, as propriedades dos cooperados e os assiste quanto ao planejamento e execução dos plantios, além de compartilhar informações com eles sobre técnicas agrícolas. “Pessoas que não tinham como gerar renda, hoje conseguiram se estabilizar. Isso porque tiveram acesso ao conhecimento adequado”, reforça.

Antes de fazer parte da Coopalm, Raimundo acumulou experiências que fazem dele uma pessoa determinada e corajosa. “Por dois anos trabalhei em terra que não era minha, plantando banana, cacau, guaraná, urucum. Era um tempo difícil, mas junto com minha família consegui ter forças para resistir. Quando assistentes educadores vieram para a região a fim de estimular o plantio de palmito de pupunha, demorei a acreditar que daria certo. Mas, mesmo assim, me arrisquei e o resultado surgiu”, detalha. 

Ainda cauteloso, Raimundo começou sua produção apenas com um hectare. “O palmito não demorou para ‘pegar’. A dificuldade, na época, era comercialização. O preço pago pelos atravessadores não era justo”. Para solucionar essa situação, o produtor e moradores dos municípios baianos de Ituberá, Nilo Peçanha e Taperoá decidiram se organizar. Assim, nasceu a Coopalm. “Nem todos aderiram à ideia porque existia a crença de que as cooperativas não duravam muito tempo. Não duravam porque os agricultores não se sentiam parte dela”, justifica. 

Atualmente, Raimundo possui 30 hectares, sendo que 5 estão voltados para plantação da pupunha. Destes, 3,5 hectares já estão em tempo de colheita. Somente com essa cultura, acumula renda média mensal de R$ 2.500. “Não só eu, mas os produtores de nossa região estão vivendo com dignidade. Queremos mais e continuaremos com nosso trabalho. Proporcionar mudanças na realidade ao meu redor é o que mais me motiva”, finaliza.