O governador Jaques Wagner participou, no final da manhã de hoje (4), no Restaurante Amado, no Comércio, em Salvador, da solenidade que sela o acordo entre a Renova Energia e a Alstom, que dará início a uma das maiores parcerias no mercado mundial de aerogeradores onshore voltada para a produção de energia eólica na Bahia. O montante da operação é de mais de 1 bilhão de euros. Wagner destacou, durante o evento, o potencial do setor na Bahia, estimado em 14,5 GW, para uma altura de 70 metros, atualmente o segundo maior estado em potência contratada nos leilões.

 “A Bahia já vem se consolidando como polo industrial para produção de equipamentos eólicos, e essa parceria formalizada hoje entre a Renova Energia e a Alstom consolida uma nova etapa do setor na Bahia e no Brasil, com expectativa de novas empresas fabricantes de equipamentos se instalarem no Estado”, comemorou o governador. “Vamos conseguir trazer para a Bahia toda a verticalização (equipamentos e componentes) da energia eólica“, completou.

 O memorando de entendimento envolve o fornecimento ao longo de aproximadamente três a quatro anos de 440 aerogeradores, que juntos possuem capacidade mínima instalada de 1.2 GW, além dos serviços de operação e manutenção. Este volume de energia equivale à quase totalidade da geração atual do mercado eólico brasileiro. Para o presidente mundial da Alstom, Patrick Kron, trata-se do maior contrato da empresa no segmento em todo o mundo.

 “Nós trouxemos tecnologia e combinações corretas de equipamentos mais capazes de se adaptar as exigências técnicas da Renova”, informou. “Os incrédulos diziam que seria impossível um empreendimento como o nosso na Bahia. Hoje, todos percebem que a nossa aposta estava certa”, lembrou o diretor executivo da Renova, Mathias Becker.

Atualmente, há 57 projetos do setor previstos para instalação na Bahia até 2016, cujos investimentos chegam a R$ 6,5 bilhões. O maior diferencial da Bahia, de acordo com o governador, é que o potencial eólico do Estado está concentrado no interior, ao longo de toda a margem direita do São Francisco, desde a Serra do Espinhaço até Juazeiro, atravessando a Chapada Diamantina e o Vale do São Francisco.