De acordo com o presidente mundial do setor de energias renováveis da Alstom, Jérôme Pecresse, a unidade em Camaçari passará a funcionar em dois turnos nas próximas semanas
Secom , da redação em Salvador |
07/02/2013 às 13:17
Para atender a demanda da Renova Energia, que vai comprar 440 aerogeradores, a partir de 2015, com investimentos aproximados de R$ 2,7 bilhões, a Alstom vai duplicar a sua fábrica de aerogeradores instalada na Bahia. O anúncio foi feito ontem (06.02) e prevê que as duas empresas vão trabalhar juntas para a produção de equipamentos com características próprias para otimizar a produção de energia na região de Caetité, no Sudoeste baiano. Os equipamentos, que serão fabricados no Polo Industrial de Camaçari, terão capacidade de gerar um total de 1,2 gigawatts de energia - volume equivalente à quase totalidade de geração do mercado eólico brasileiro hoje.
De acordo com o presidente mundial do setor de energias renováveis da Alstom, Jérôme Pecresse, a unidade em Camaçari passará a funcionar em dois turnos nas próximas semanas e vai gerar 50 novos empregos diretos. Acreditamos que o mercado brasileiro deve ganhar dois gigawatts de capacidade em energia eólica por ano até 2020 e que, quando chegarmos lá, o País deverá ter 10% da energia gerada desta matriz", estima.
Mathias Becker, diretor-presidente da Renova, explica que o negócio propiciará o desenvolvimento de aerogeradores que atendam às características de vento da região baiana, onde a empresa já colocou em pé cerca de 300 MW em parques eólicos. Não basta tropicalizar, não basta brasilificar, tem que caetetizar as máquinas, afirmou o executivo, citando o neologismo criado pela companhia para melhor definir as necessidades dos equipamentos que serão adaptados à realidade regional de ventos. A expectativa é que o fator de capacidade das turbinas seja incrementado de 3% a 4% com o desenvolvimento de tecnologias específicas.
De acordo com o secretário James Correia, da Indústria, Comércio e Mineração, a assinatura deste contrato mostra o posicionamento líder que a Bahia tem no setor eólico, não só no Brasil, mas em toda América Latina. O Estado já sedia o maior projeto individual e o maior complexo de parques eólicos do País e agora assina o maior contrato do setor eólico da história. Esses resultados mostram que além dos fortes ventos que sopram em nosso território, a nossa indústria se mostra competitiva, suprindo as expectativas do mercado, diz.