O saldo negativo deixado pela administração Azevedo cria problemas para o governo Vane em vários aspecto
Secom , Itabuna |
25/01/2013 às 21:35
Vane visita obra do canal da Amélia Amado
Foto: Gabriel de Oliveira
As secretarias de Planejamento e Tecnologia, de Administração e da Fazenda apresentaram ao prefeito Claudevane Leite um relatório preliminar das dívidas deixadas pela administração anterior para o atual governo e os números são gritantes, conforme palavras do secretário Marcos Cerqueira, da Fazenda. Sem incluir as dívidas da Emasa e do Hospital de Base e sem os salários não pagos em dezembro, os valores passam de R$ 275 milhões, com destaque para a dívida de R$ 12 milhões com a Marquise, R$ 300 mil de Pasep e outros R$ 305 mil de FGTS.
O saldo negativo deixado pela administração Azevedo cria problemas para o governo Vane em vários aspectos. Limita a capacidade de investimento da prefeitura, obriga a administração a suspender contratos e prejudica o funcionamento da máquina, na medida em que atinge especialmente os servidores, que ficaram sem remuneração de dezembro e parte do 13º de alguns setores. O valor total a pagar de salários atrasado passa de R$ 11 milhões (R$ 11.154.152,32). Segundo o prefeito Claudevane Leite, a prefeitura não tem como pagar esse valor sem parcelar.
O prefeito determinou à equipe econômica que estude a melhor forma de quitar o débito, "pois apesar do tamanho da dificuldade encontrada, entendo que se tem alguém que não pode sair perdendo é o servidor, que é o grande responsável pelo funcionamento da prefeitura". Segundo Vane, as negociações com os sindicatos dos servidores prosseguem, com cada sindicato conversando com a secretaria correspondente e "queremos chegar logo a um termo de acordo, para que nem os servidores nem a cidade saiam prejudicados".
Em entrevista a uma emissora de TV local o prefeito de Itabuna disse que o governo tem prioridades, como investir para melhorar os bairros, ampliar o atendimento nos postos de saúde e no Hospital de Base e pagar os servidores, por isso a decisão é não pagar os débitos deixados pelo prefeito anterior com empresas, antes de auditar todos os contratos e os serviços supostamente prestados. "Salário de trabalhador é prioridade - disse Vane - e nós antecipamos o pagamento da remuneração de janeiro de todos os servidores. A antecipação faz parte de nossa política de valorização, o servidor terá um calendário fixo e saberá em que data receberá seus salários, até o fim do ano".
Sobre as obras de infraestrutura que estão paradas ou em ritmo desacelerado, o prefeito afirmou que está buscando as condições para a sua retomada. São projetos como o Canal da Amélia Amado, o restaurante Popular e as obras de saneamento e urbanização da parte Oeste da cidade, incluindo oito bairros. No início da semana o prefeito manteve audiência com os ministros da Integração Nacional e das Cidades quando reivindicou recursos para infraestrutura e a liberação dos recursos que faltam para os investimentos que estão parados.
Em Brasília, Vane obteve garantia de que o dinheiro para terminar a Amélia Amado será liberado nas próximas semanas. Enquanto isso, a prefeitura vai começar a urbanização da parte já coberta, iniciando na confluência da Cinqüentenário com a Amélia Amado. "Vamos fazer a nossa parte e fazer a urbanização até o encontro com a Avenida Itajuípe", explicou Vane, adiantando que essa parte das obras deve começar em dez dias.