Economia

'Cooperativismo busca Prêmio Nobel da Paz', diz presidente da OCB

As discussões do Ano Internacional do Cooperativismo, em 2012, aumentaram a confiança do setor, que prevê uma década de expansão no Brasil
GP , ES | 25/01/2013 às 22:04
Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB
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As discussões do Ano Internacional do Cooperativismo, em 2012, aumentaram a confiança do setor, que prevê uma década de expansão no Brasil. Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB), Márcio Lopes de Freitas, o cooperativismo merece o prêmio Nobel da Paz. Para isso, o setor deve se modernizar e se especializar.

As discussões do Ano Internacional do Cooperativismo, em 2012, aumentaram a confiança do setor, que prevê uma década de expansão no Brasil. Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB), Márcio Lopes de Freitas, o cooperativismo merece o prêmio Nobel da Paz. Para isso, o setor deve se modernizar e se especializar.


Qual é o balanço de 2012, que foi o Ano Internacional das Cooperativas?

 Foi um ano de coroação, reconhecimento das cooperativas como agentes capazes de promover um mundo melhor. Não foi um ano tão voltado a atingir metas de faturamento, mas sim de iniciar um processo de valorização do setor. Nossa meta é buscar o prêmio Nobel da Paz para o cooperativismo, não como uma pessoa, mas como uma ideologia. Para isso, vamos desenvolver nos próximos dez anos ações capazes de mostrar que o papel das cooperativas é importante no mundo a ponto de merecer esse prêmio. Vamos trabalhar estrategicamente para isso.

 Embora o modelo do cooperativismo seja reconhecido como eficiente, o setor defende que ele precisa avançar. Qual sua avaliação?

 Vivemos no Brasil uma agricultura de nova geração. E esse agricultor de nova geração quer uma cooperativa que agregue valor ao seu produto, economize na logística, dê acesso à tecnologia. Isso só se faz com gestão profissional. O modelo tem evoluído, tanto na governança quanto na gestão, mas esse processo não ocorre de uma hora para outra. Há cooperativas já avançadas nesse aspecto, mas outras enfrentam uma transição mais lenta. Estamos investindo pesado para ajudar nesse processo. Cerca de 70% dos recursos do Sescoop [Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo] são destinados à capacitação e profissionalização de novas lideranças.