Economia

Cooperativa de UIBAÍ produz 200 quilos de polpa de umbu ao dia

Umbu está sendo utilizado na merenda escola no município de Uibaí e ajudando as famílias dos cooperativados
EBDA ,  Salvador | 14/01/2013 às 14:57
Cooperativa de Uibaí faz melhor aproveitamento do umbu
Foto: Div

 A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), orienta agricultoras familiares do povoado de Caldeirão, localizado a seis quilômetros do município de Uibaí, a aproveitarem a safra do umbu. Com isso, o fruto mais popular e generoso do sertão baiano se torna presença fácil na merenda escolar da região, através de ações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o de Aquisição de Alimentos (PAA).

            De dezembro a fevereiro, em todos os quintais, praças e plantações se vêem umbuzeiros carregados, e os agricultores aproveitam para participar de capacitações promovidas pela EBDA e se valerem de todos os benefícios que o umbu pode oferecer. Sempre atualizadas pelos técnicos da empresa, sobre o preparo de derivados do umbu, 20 mulheres da Cooperativa Mista Agropecuária de Uibaí estão ajudando suas famílias. “Vemos a mudança acontecer na vida de cada uma delas. Hoje elas têm geladeiras e eletrodomésticos, que são a realização de um sonho. Tudo por conta deste trabalho em grupo,” conta a técnica da EBDA, Elisete Rocha.

            Durante o período da safra, as agricultoras fazem as polpas durante as manhãs, e às tardes, realizam a colheita dos frutos, o que otimiza o tempo. “Com esta dinâmica é possível produzir em média 200 quilos de polpa de umbu, que são entregues às escolas do município, e com o excedente das frutas são feitas geleias, sorvetes e compotas”, disse Elisete.

            De acordo com o técnico da EBDA, Arnou Dourado, com o curso de beneficiamento do umbu, as agricultoras também aprenderam a desenvolver receitas com ingredientes simples e de pouco custo. "O intuito é agregar valor ao umbu. A cocada rústica, por exemplo, leva somente açúcar, a pasta do fruto e o coco ralado, o que valoriza o doce", afirmou o técnico.

            O produto, após passar pelo processo de pasteurização, ensinado aos agricultores nas capacitações, pode ser guardado por até seis meses, em temperatura ambiente, sem adição de nenhum conservante. "Estes cuidados tornam a polpa disponível o ano inteiro", garantiu Dourado.