Economia

Refino petróleo e produtos químicos alavanca produção industrial ba

No acumulado de janeiro a novembro de 2012, comparado com o mesmo intervalo do ano anterior, a taxa de produção industrial baiana também apresentou crescimento, de 2,9%
Tasso Franco , da redação em Salvador | 10/01/2013 às 22:37
Refino de petróleo
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A expansão da produção da indústria de refino de petróleo e produtos químicos foi quem mais influenciou o resultado da Bahia na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), e divulgada ontem (9). Segundo a análise da produção industrial, feita em 14 locais do país, a Bahia foi o estado que obteve o melhor resultado em novembro de 2012, se comparado como mês anterior, atingindo 3,5%.
            Quando a análise é feita em relação a novembro de 2011, o crescimento da Bahia é ainda maior: 8,8%. O secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, com base em avaliação feita pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Seplan, explica que este resultado é atribuído, principalmente, à expansão no segmento de refino de petróleo e produção de álcool (42,5%), pressionado pelo acréscimo na produção de óleo diesel e óleos combustíveis, gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo (GLP), óleos lubrificantes e asfalto de petróleo. Gabrielli destaca ainda a pressão positiva dos segmentos veículos automotores (36,5%) e de celulose e papel (13,1%).
            No acumulado de janeiro a novembro de 2012, comparado com o mesmo intervalo do ano anterior, a taxa de produção industrial baiana também apresentou crescimento, de 2,9%. Dos oito segmentos da indústria de transformação, seis apresentaram crescimento no período, com destaque para produtos químicos (7,6%), pressionados pela maior produção de etileno não-saturado, polipropileno e polietileno de alta e baixa densidade proveniente da paralisação técnica provocada pelo desligamento do sistema elétrico da região Nordeste em fevereiro de 2011. Os segmentos refino de petróleo e produção de álcool (2,4%), celulose, papel e produtos de papel (2,9%), borracha e plástico (10,6%) e alimentos e bebidas (1,6%) também influenciaram positivamente o indicador. Por outro lado, a maior influência negativa veio da metalurgia básica (-11,2%), devido à menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre.
            O avanço da produção industrial baiana foi de 2,3%, tomando-se como parâmetro os últimos 12 meses, comparados com o mesmo período do ano anterior. Dos oito segmentos de atividade, seis apresentaram resultado favorável. As principais contribuições vieram dos segmentos de produtos químicos (7,2%), alimentos e bebidas (2,3%), celulose, papel e produtos de papel (2,8%). O secretário do Planejamento salienta que o primeiro segmento foi influenciado pelo aumento na produção de cervejas, chope, farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja. Por outro lado, a maior influência negativa veio do segmento de metalurgia básica (-10,1%).
 
            OUTROS ESTADOS 
 O resultado apresentado pelo IBGE mostra que a produção industrial do Brasil, em novembro de 2012, comparado com o mesmo mês do ano anterior, caiu 1%. Enquanto a Bahia cresceu 8,8%, dos locais pesquisados, nove apresentaram redução na produção: Paraná (-13,4%), Goiás (-10,1%), Espírito Santo (-8,4%), Rio Grande do Sul (- 7,1%), Pernambuco (-5,1%), Pará (-4,3%), Amazonas (-3,7%), Ceará (-1,4%) e São Paulo (-0,3%).
Quando a comparação é de novembro de 2012 com o mês anterior, a Bahia foi o estado que mais cresceu, com taxa de 3,5%, enquanto o Brasil caiu -0,6%. Todos os demais estados aferidos tiveram uma produção industrial inferior à baiana: Santa Catarina (3%), Amazonas (2,9%), Ceará (2,2%), Rio de Janeiro (2,1%), Pernambuco (1,3%) e Rio Grande do Sul (0,4%). Outros estados, por sua vez, tiveram resultados negativos: Goiás (-14,7%), Espírito Santo (-6,3%), Pará (-6,0%), Paraná (-5,1%), São Paulo (-1,9%) e Minas Gerais (-0,7%). Apenas o Nordeste, como região, teve avanço maior que o baiano, atingindo o índice de 4,2%.