Em relação às cidades baianas que proporcionalmente mais avançaram nos últimos dez anos, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), surpreende o resultado obtido por São Félix, pequeno município do Recôncavo baiano apontado nesse estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro como a terceira cidade baiana que mais se desenvolveu entre 2000 e 2010.
Vale registrar que diferentemente dos dois municípios baianos que mais progrediram - Maragogipe e Itagibá -, São Félix não teve seu avanço social e econômico atrelado a um impulso na economia por investimentos de peso. No caso de Maragogipe, o impulso veio com a construção de estaleiro e plataformas da Petrobrás e Itagibá, sobretudo pela extração mineral.
O mesmo ocorreu com Cardeal da Silva e Jaborandi, quarta e quinta cidades que, respectivamente, apresentaram maior avanço na última década. O desenvolvimento econômico de Cardeal da Silva está atrelado a um grande pólo da área industrial do petróleo no Brasil, enquanto o de Jaborandi está vinculado ao agronegócio com investimentos de grupos holandeses.
Mesmo sem o grande impacto de investimentos econômicos externos, São Félix apresentou um salto de desenvolvimento significativo, passando no IFDM de 0,29 para 0,6, ou seja, mais que dobrou o seu desempenho na última década.
Com recursos oriundos da Administração Municipal, São Félix demonstrou capacidade gerencial de maximizar o desempenho na área social. Destaque para o trabalho preventivo e assistencial na área de Saúde, que abrange desde a população mais jovem até os mais idosos. Outro ponto de relevo é o excelente desempenho e a boa estrutura do Hospital Nossa Senhora de Pompéia, que é administrado pela Santa Casa de Misericórdia de São Félix e se consolidou como referência de atendimento para a população do Recôncavo baiano.