Presidente da Câmara Setorial do Cacau dividiu a fala com o escritor francês, Alfred Conesa em debate sobre o renascimento do cacau brasileiro
Andrea Vitório , do Salon Du Chocolat |
02/11/2012 às 17:54
Salon du chocolat acontece em Paris
Foto: AV
O presidente do Instituto Cabruca e da Câmara Setorial do Cacau, Durval Libânio, participou na tarde de ontem da mesa-redonda “O renascimento do cacau brasileiro” juntamente com o escritor francês Alfred Conesa no segundo dia do Salon du Chocolat em Paris. Durval apresentou a um público que lotou a sala o sistema cabruca, utilizado pelos produtores de cacau na Bahia, no Espírito Santo e no Pará.
Esse sistema, que significa plantar sobre a sombra das árvores, respeita o meio ambiente e nao desmata, aliando produção e respeito a biodiversidade. O Brasil é o quinto produtor de cacau no mundo e a preocupação com a sustentabilidade chama a atenção dos franceses.
O escritor francês Alfred Conesa lança hoje, no Salon, o seu último livro “O cacau e os homens – viagem no mundo do chocolate” e dedica várias páginas à produção do cacau brasileiro. Alfred destacou na palestra que o Brasil explora o cacau da forma mais inteligente possível pois tem o mérito de gerenciar e cuidarda natureza.
O escritor lembrou que um bom cacau precisa respeitar três “esses”: sabor, sustentabilidade e socialmente aceitável, isto é, nao explorar mao de obra infantil e dar apoio ao trabalhador. “ Fiquei extremamente encantado de ver que no Brasil existe uma estrutura neste sentido que passa da plantação à produção e pesquisa. Continuem cabrucando. O cacau brasileiro é de longe o mais gostoso que ja provei”, concluiu.