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Leo Poyart - Montenegro Com , Montenegro Comunicação, Assessoria |
24/10/2012 às 20:02
O Sistema OCB/Sescoop-RJ, em parceria com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), deu as boas-vindas ao novo superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Bernardo Ariston. Participaram do encontro, realizado no dia 22 de outubro na sede da SNA, o presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, o presidente da SNA, Antonio Alvarenga Neto, o vice-presidente, Joel Naegele, o chefe de gabinete do Mapa, João Carlos Azevedo, e diretores da SNA.Foi traçado para o primeiro trimestre de 2013 um grande espaço de debates com todos os secretários municipais de Agricultura do Rio de Janeiro, a ser coordenado pelo Sistema OCB/Sescoop-RJ, em parceria com a SNA.Há pouco mais de um mês no cargo, Bernardo Ariston tem um objetivo claro: organizar a superintendência do Mapa no Rio de Janeiro e dar visibilidade às ações do Ministério. "O que acontece nesta cidade ecoa em todo o país. Trabalharemos em parceria com as principais instituições, ouvindo produtores e cooperativas. Esse é um momento de mudança de paradigmas", diz. O superintendente do Mapa colocou-se à disposição para ser o interlocutor do Ministério e tratar dos diversos problemas em conjunto. "A voz terá força na medida em que trocarmos informações e conhecimentos da situação atual e de onde queremos chegar", frisa Ariston, que foi deputado federal em dois mandatos, aprovando cinco Projetos de Lei.Marcos Diaz reforça que as ações não devem ser isoladas. "Nesse novo momento do Rio de Janeiro, os projetos devem acontecer em parceria. A Agropecuária é um setor fundamental: 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual vem da agricultura e é preciso reconhecer esta importância", afirma. "Este encontro é o primeiro de um grande processo que será deslanchado nos próximos meses", ressalta Diaz.Jorge Barros destacou que uma das propostas é implantar no Estado, em parceria com a SNA, o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), do Mapa, que tem como pano de fundo o cooperativismo. "Agricultura orgânica, aquicultura, pesca e a segurança alimentar são temas que serão tratados e acompanhados de perto. Nosso papel é contribuir para o ramo Agropecuário do cooperativismo no Rio de Janeiro na área qualitativa", diz.O Programa ABC disponibiliza recursos para financiar a recuperação de áreas degradadas, a implantação de sistemas orgânicos de produção, integração lavoura-pecuária-floresta, e de planos de manejo florestal sustentável, além de adequar as propriedades rurais ante a Legislação Ambiental, com financiamento para a redução da emissão de gases de efeito estufa na Agropecuária.Agricultura familiar e café
A insegurança alimentar e a necessidade de aprimoramento de questões relativas à produção e exportação do café produzido no Estado também foram pautas da reunião.A SNA, por exemplo, possui um Centro de Orgânicos que estimula a produção e a comercialização deste tipo de produto. Destacou-se, também, que produtos para merenda escolar devem ser utilizados, em maior escala, de produtores familiares organizados em cooperativas.O berço do café no Estado está localizado no município de Varre-Sai, que concentra o maior número de agricultores familiares dedicados à atividade, e onde a Cooperativa de Café do Noroeste Fluminense (Coopercanol) realiza a comercialização do grão. A cafeicultura no Estado responde por mais de 300 mil sacas/ano. Deste total, 70% estão concentrados nas regiões Serrana e Noroeste. Levantamento da Associação de Cafeicultores estima que o setor gere mais 10 mil postos de trabalho diretos. Segundo diretores da SNA, há recursos no Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para desenvolvimento do setor.Um próximo encontro será agendado com o Mapa na sede da OCB/RJ para um retorno do Ministério sobre as primeiras impressões apresentadas e a continuidade no desenho dos projetos.