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Com a indústria e o investimento no País em queda, o mercado interno, representado pelo consumo das famílias, foi determinante para que a economia brasileira apresentasse taxa positiva no segundo trimestre, ainda que de forma tímida, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre, o consumo avançou 2,4% ante o mesmo período no ano passado - foi o 35º trimestre consecutivo de crescimento. De janeiro a março, o consumo das famílias tinha apresentado alta de 2,5%.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o índice subiu 0,6%, terceira alta consecutiva nessa comparação. Nos dois trimestres anteriores, o consumo das famílias tinha crescido 1% e 0,9%. "O consumo das famílias desacelerou, é fato. Mas segue firme, e sem sinais mais evidentes de que possa cair mais", afirmou Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE.
Outros fatores que permitiram que o PIB crescesse 0,4% no segundo trimestre, em relação aos três meses imediatamente anteriores, foram os desempenhos dos setores de serviços e a agropecuária. Com alta de 4,9%, a agropecuária registrou o melhor desempenho desde o primeiro trimestre de 2011. Naquele período, o setor havia avançado 8,9%.
No resultado da agropecuária, destacou-se a produção de milho, que aumentou 27% em julho. Ao mesmo tempo, a quantidade produzida de arroz recuou 14,9%, e a de soja diminuiu 12,2%. Já o setor de serviços teve crescimento de 0,7% frente ao primeiro trimestre, resultado mais significativo desde o segundo trimestre de 2011, quando o segmento tinha subido 0,8%. Os serviços de administração, saúde e educação públicas cresceram 3,3%; os serviços de informação avançaram 2,6%, e os serviços de intermediação financeira e seguros tiveram incremento de 1,8%.