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A direção do Sindicato dos Petroleiros da Bahia - Sindipetro - fez a denúncia de vazamento de benzeno (agente cancerígeno) na Refinaria Landulpho Alves, na região metropolitana de Salvador, desde sexta (13) e na terça (17) equipe do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat) esteve no área e confirmou inloco a denúncia.
Coordenador do órgão, Alexandre Jacobina entrega relatório à Rlam, SRTE e sindicato e depois encaminha todo o processo ao Ministério Público do Trabalho. O vazamento pode ter ocorrido, segundo Jacobina, por drenagem e tentativa de se descobrir um furo em tubulação. O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, que está no Rio em reunião da Federação Única dos Petroleiros, reafirma que esta situação não é novidade para os trabalhadores da Rlam e que recente visita da Comissão Nacional Permanente do BenzenoCNPBa constatou a gravidade dos vazamentos e contaminação por benzeno.
Segundo Paulo César, o Cesat encontrou valores bem acima de 1 TPM na refinaria e numa determinada área foi encontrado até 22 TPM's, quando especialistas consideram que 1 TPM (em um milhão de partes do ar é encontrado uma parte de benzeno) é limite para o trabalhador nessa atividade perigosa, desde que tenha a proteção adequada. Apesar disso, esse limite não é seguro e há risco de câncer. O coordenador da Cesat, Alexandre Jacobina, informou ainda que nesta quarta (18) encaminhará notificação à Petrobrás solicitando que a empresa realize medidas de controle ao vazamento de benzeno.
Segundo denúncia encaminhada ao sindicato, a gerência da Refinaria fez reunião nesta manhã (18) e advertiu: quem falar ou passar informação - claro cerceamento à todas as liberdades e tentativa de censura - pode ser punido até com demissão.
DenúnciaUm diretor do Sindipetro Bahia visitou a área e constatou o vazamento no sábado (14). De acordo com o sindicalista, o serviço realizado no local já despertava a preocupação da categoria e, por isso, a Superintendência do Trabalho e Emprego de Camaçari (SRTE) foi acionada no dia 6 de junho, antes da identificação do vazamento. Para o sindicalista, já havia receio da exposição das pessoas e se avaliou que as condições de trabalho e segurança na Rlam são inadequadas. A Petrobras deve emitir relatório técnico que será enviado ao Ministério Público do Trabalho.