Tradição e contemporaneidade se misturam no novo espetáculo da Companhia Novos Novos. Paparutas estreou dia 07 de julho (sábado), apresentando a versão do grupo dirigido por Débora Landim para o texto que iniciou Lázaro Ramos como dramaturgo.

Em cena, 25 atores, com idades entre 07 e 20 anos, apresentam seres da floresta, cozinheiras tradicionais fantásticas e, em contraponto, o cotidiano "plugado" do garoto Lucas, acostumado em mergulhar no computador, mas que, de um instante para o outro, vê-se transportado para um mundo onde toda a simbologia é alicerçada em uma tradição milenar, ligada à força da natureza.
 
Como se sairá Lucas em um mundo tão diferente do seu? O espetáculo também conta com participação da atriz Marísia Motta, que faz a mãe de Lucas, e do músico Leonardo Bittencourt, que apresenta uma trilha composta por Ray Gouveia especialmente para o espetáculo.

A temporada vai de 07 a 29 de julho, com apresentações sábados 16 horas; e domingos, as 11 e 16 horas, na sala principal do Teatro Vila Velha (Passeio Público). Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Durante toda a temporada o foyer do Vila Velha irá abrigar uma ambientação especial, com criações da artista plástica Sara Victoria que se unem a fotos da trajetória da Companhia Novos Novos para contar a história deste grupo que completa 12 anos de cena.

  Uma manifestação cultural da Ilha do Paty (localizada no município baiano de São Francisco do Conde) foi a inspiração para Lázaro Ramos construir o seu texto. As Paparutas fazem parte de uma comemoração anual da região, batizada de "comédia", que reúne na praça do vilarejo boa parte da população da localidade. Celebração de clima alegre e brincante, as Paparutas compõem uma das mais ricas tradições orais do recôncavo baiano e têm sua história e celebração passadas de pais para filhos, através das gerações. O texto de Lázaro não busca a reprodução dessa manifestação popular, mas a traz como pano de fundo para uma fábula que defende a importância da conservação e divulgação do universo simbólico ancestral e regional para as gerações mais jovens.

  "Trata-se do sexto espetáculo da Companhia Novos Novos e é um prazer imenso trabalhar com este texto que traz tantas recordações a muitos que estão trabalhando no projeto. Paparutas foi um texto construído por Lázaro aqui no Vila, no seu início de carreira. Para levar a peça à cena, tivemos, evidentemente, que adaptar algumas passagens para a realidade da nossa companhia, que tem a especificidade de só possuir crianças e adolescentes no elenco. Mas foi tudo uma aventura prazerosa, que agora oferecemos para o público", comenta Débora Landim, diretora do espetáculo e que na versão dirigida por Lázaro Ramos, em 2000, interpretou a personagem Docinho. Marísia Motta, que agora interpreta a mãe de Lucas, também foi do elenco da primeira montagem de Paparutas, quando deu vida à Paparuta Chefa.

  

                           Equipe da peça Paparutas

  A Novos Novos conta com um conjunto de artistas-colaboradores conhecidos na cena teatral baiana, que dá sustentação aos seus atores-aprendizes. São profissionais que buscam realizar projetos de qualidade, desenvolvidos levando-se em consideração valores humanos e educativos.

Participam do projeto Paparutas.

Texto - Lázaro Ramos

Direção - Débora Landim

Coreografia - Lulu Pugliese

Direção Musical - Ray Gouveia

Cenário - Maurício Pedrosa

Iluminação - Valmyr Ferreira

Figurino - Marísia Motta

                              Companhia Novos Novos

  Um dos grupos residentes do Teatro Vila Velha, a Companhia Novos Novos é formada por um elenco que reúne crianças e adolescentes, sendo que atualmente possui atores de até 20 anos. É dirigida desde sua fundação pela atriz, arte-educadora, psicopedagoga e diretora de teatro Débora Landim.