Uma viagem inédita ao paladar. Esta foi a experiência vivida por quem visitou o Salon Du Chocolat Bahia, em Salvador. E não foi somente o paladar o sentido explorado. Os sabores se misturaram às cores e aos aromas, muitas vezes inusitados, dos expositores que investiram em criatividade.  A maioria dos stands ofereceu degustação, oportunidade de ouro para os visitantes mais adeptos às novidades. E elas foram muitas: foram da excentricidade no modo de preparo, à curiosidade do formato, passando pela ousadia das embalagens. "Tudo isso explica o sucesso de público - que superou os 20 mil esperados", destaca o presidente da Câmara Setorial da Bahia e do Instituto Cabruca, Durval Libânio.

Para o realizador do evento, Diego Badaró, a receptividade foi surpreendente: "Estávamos apreensivos com a receptividade, mas vimos hoje que o público vem valorizando cada vez mais um produto de qualidade, não só na Bahia como em todo o Brasil. Baianos e pessoas de várias partes do Brasil vieram apreciar as melhores amêndoas do mundo e na próxima edição o sucesso será ainda maior", declarou Diego Badaró, realizador do Salon. Primeira dama do Salon, responsável pelas edições ao redor do mundo, Sylvie Douce, fala sobre a edição brasileira:"Estou  muito feliz pelo sucesso dessa primeira edição do Salon du Chocolat no Brasil, que é um país produtor e consumidor de chocolate," diz.

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Entre os destaques, os chocolates salgados da inglesa Dermaquette Fine Chocolat, que chamaram a atenção pela excentricidade da proposta - afinal, como deixar salgada uma guloseima famosa por adoçar o paladar? - e pelas charmosas embalagens. O segredo é o caramelo feito de sal marinho, acrescido aos preparo que contém 70% de cacau. A marca também encantou pelo chocolate em forma de flor, recheado com caramelo de flores típicas da Inglaterra. Chá verde, gengibre e limão foram outros ingredientes utilizados. Imagine, agora, aliar requinte e sofisticação à guloseima. Foi o que fez a Fada dos Chocolates, do Campo dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, que impressionou os visitantes ao acrescentar ouro à mistura que ganhou formato de joias . Para a secretária, Angela Schuller, a imagem de um santo todo feito com chocolate, 100% de forma artesanal, foi o que mais a impressionou: "A beleza é o que mais me atraiu. Além de gostosos, os chocolates são lindos de se ver", afirma ela que voltou com as mãos cheias de sacolas para casa. "Comprei para degustar com toda a família", conta.

Engana-se quem pensa que doces só atraem as mulheres.  O advogado Davi Cardoso se considera um apreciador da guloseima. "Comprei vários chocolates, todos para presente. Sei que quem ganhar, vai adorar. Pelas degustações vi que se tratam de sabores completamente diferentes do que já havia experimentado", completa.  Sobre o que mais o surpreendeu, ele compartilha a opinião com a analista de sistemas, Ana Lúcia Cunha. Os chocolates da marca Oriol Balaguer, de Barcelona, em formato de cacau, foi  o que mais chamou a atenção destes visitantes: " muito gostoso e diferente. Experimentei um que dá a sensação de ter uma ‘bombinha saltitando pela boca', conta Ana Lúcia, radiante, já garantindo sua compra no stand da marca. " Pena que para comprar depois vai ser mais difícil", diz.

O aposentado Francisco Brandão levou toda a família para o Salon. "Comprei vários chocolates para degustar. Tudo muito interessante. Tem chocolate de vários sabores inusitados e a apresentação deles está incrível. Tem cor e formatos diferentes por todos os lados". E por falar em cor, destaque para os produtos do Sadaharu Aoki. Já pensou em encontrar chocolates que façam referência aos estojos de maquiagem? São diversas cores e sabores com framboesa, chá verde e limão japonês.

De diversas nacionalidades, os expositores não pouparam criatividade. Foram vários os sabores, os formatos e as formas de embalagens -" teve até origami e caixa que mais parecia embalagem de jóia" lembra o visitante Davi Cardoso.  Além dos produtos, o público prestigiou workshops de nomes como Carole Creme, Mara Mello, Fabrice Lenud e Arnaud Larher, Diego Lozano, François Pralus.