vide
Com a aproximação do Dia Mundial do Meio Ambiente e da realização de eventos como o Rio +20, as discussões sobre meio ambiente e sustentabilidade assumem maior proporção. E é para contribuir com esses debates, e, principalmente, com iniciativas que gerem resultados significativos na conservação dos recursos naturais que a
Organização de Conservação de Terras (OCT) vem reforçando sua atuação no Baixo Sul da Bahia. Um exemplo disso é a implantação do projeto
Restaurando Serviços Ambientais nas sub-bacias dos rios Mina Nova e Vargido, pertencentes à Bacia Hidrográfica do rio Juliana, maior rede de drenagem inserida na
Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi. O projeto conta com a parceria do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e da Associação Guardiã da APA do Pratigi.
As atividades têm o propósito de recuperar áreas degradadas em regiões de Áreas de Preservação Permanente (APP) fluvial e nascentes para restabelecer a geração dos serviços ambientais como água, carbono e biodiversidade. Por exemplo, estabilização do clima, melhoria e regulação dos ciclos das águas, controle de erosão e de pragas, melhoria da fertilidade natural dos solos e sequestro de carbono da atmosfera. Cerca de 500 famílias, compostas, em sua maioria, por pequenos proprietários de terra e assentados rurais que vivem das culturas de palmito de pupunha,
cacau-cabruca e seringueira, serão envolvidas nas ações. "O projeto nasceu da necessidade de intervenção em uma das áreas mais frágeis da bacia do rio Juliana e de grande importância para as comunidades rurais, que a utilizam para produção agrícola e consumo humano", destaca Fábio Lopes, Coordenador Geral do projeto. O prazo de desenvolvimento das ações é de 24 meses e uma das metas visa a restauração florestal de 40 hectares de matas ciliares e nascentes.
ConscientizaçãoPara que as ações sejam realizadas, as comunidades envolvidas precisam participar do processo e, acima de tudo, serem conscientizadas sobre a importância da conservação dos recursos naturais. Por esse motivo, a equipe da OCT irá desenvolver oficinas de educação ambiental e capacitações para os agricultores familiares envolvidos. "O primeiro contato com os moradores está sendo positivo. Alguns produtores já nos procuraram para disponibilizar suas áreas para serem restauradas", conta Fábio. Ao final do projeto, um documento contendo relatórios de análise dos dados e seus resultados será publicado. A ideia é que os métodos e os aprendizados da experiência vivida na APA do Pratigi sejam replicados em outras áreas de proteção ambiental da região. "Buscamos implantar o modelo desejado de sustentabilidade do território, com o adequado planejamento do uso do solo e utilização dos recursos naturais. É trazer para essas pessoas uma forma de gerar renda em bases sustentáveis", completa Volney Fernandes, líder da
Aliança Cooperativa Estratégica de Serviços Ambientais.