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Presidente da JAC Motors, Sérgio Habib, durante encontro com empresas de autopeças
Foto: BJÁ
O presidente da JAC Motors do Brasil Sérgio Habib, disse nesta segunda-feira, 14, durante workshop para 140 empresas de autopeças, em encontro no auditório da FIEB, que não será a queda da taxa de juros para 0.98% que vai aquecer a venda de carros novos no país, hoje, com as montadoras com pátios lotados. "Isso só acontecer quando os bancos voltarem a financiar veículos em 60 meses, de preferência sem entrada".
Na opinião de Habib a queda de juros pode até melhorar o mercado de vendas um pouco, pontualmente, mas, só para aqueles que podem juntar dinheiro e dar uma entrada que está variando entre 50% a 60% do valor do veículo.
Como o mercado nacional cresceu a partir da nova classe média, da facilidade de financiamentos e do aumento da renda de brasileiros que nunca tiveram um carro, saltando de 1.500.000 em vendas ano/2002 para 3.500.000 veículos novos ano/2011 há uma tendência de estabilidade do mercado e mais sisudez dos bancos diante da crescente taxa de inadimplência de pagamentos de prestações e das dificuldades burocráticas em reaver o bom imóvel, casos que chegam a durar mais de um ano mesmo o camarada sem pagar.
"Só a partir da queda da inadimplência, da desburocratização para reaver os veiculos de devedores e da reabertura do crédito em 60 meses, mesmo com juros de 1.54%, é que o mercado vai crescer de novo, mas isso deve durar algum tempo", confessa Habib dizendo que, ainda assim, há espaços para todos e está otimista com a JAC Motors e a instalação de sua fábrica na Bahia.
FORNECEDORES
Durante o encontro com empresários do segmento de autopeças, Habib deixou claro que A JAC "não tem nenhum fornecedor pré-selecionado até porque somos uma empresa nova na China e no Brasil", e que as empresas fornecedoras da fábrica da JAC na Bahia terão seus espaços fabris fora do âmbito da fábrica da JAC, em terrenos adjacentes à indústria mãe.
Foi apresentado o Projeto da JAC no Brasil, que a partir de 2014 produzirá os primeiros carros nacionais da marca no Complexo Industrial de Camaçari, inicialmente com o compacto Hatch e depois com a versão Sedan, e produção de 100.000 a 120.000 carros/ano. Segundo Habib o objetivo é conseguir abocanhar algo como 2% do mercado nacional, a partir de 2015,
Hoje, o mercado de veículos no Brasil está concentrado em 70.03% com quatro grandes marcas: Fiat 22.33%; VW 20.71%; GM 17.51%; e Ford 9.50%. De toda sorte esta participação percentual das grandes do Ocidente está caindo (já foi de 83.6%) e a tendência é esta a partir de investimentos de montadoras do Japão, Coréia do Sul e China no Brasil.