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Em Belo Campo, Sudoeste do Estado, pequena produtora dá água ao bode numa vasilha
Foto: MOCA
Em matéria paga publicada na imprensa escrita de Salvador nesta quinta-feira, 19, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) alerta os governos federal e estadual sobre a seca (pior dos últimos 30 anos) e diz, na Nota Pública, que "mais de 3.5 milhões de pessoas estão diretamente atingidas e cerca de 3 milhões de cabeças de gado em 200 municípios estão sendo dizimados ou em risco, "sem que, até o momento, nada de concreto foi realizado para ajudar os produtores rurais e suas familias".
Segundo a nota, há um movimento de "desestruturação da atividade no campo, com prejuizo incalculável do produtor, pois dezenas de familias estão perdendo toda sua produção agrícola". Revela o documento que o presidente da FAEB, João Martins, foi pessoalmente ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, no último dia 14 de março, acompanhado de uma comitiva de parlamentares, foram solicitadas várias providências e nada aconteceu.
De acordo com a nota pública foram solicitadas: concessão de créditos de emergência para contratação de serviços, o pedido de compra de ração, transporte de água em carro pipa, abertura de poços e construção de bebedouros, prorrogação de débitos , crédito para compra pessoais de alimentos, etc.
- Mesmo tendo a FAEB alertado ao Ministério da Integração, até a data de hoje, paradoxalmente, nada de concreto foi executado. Nenhum dos bancos oficiais (BB e BNB) sinalizou abertura e concessão de créditos emergenciais ou renegociações da dívida dos produtores.
- Nada evoluiu. A seca se agrava cada vez mais e é preciso que recursos sejam liberados urgentemente para que nosso agricultor possa sobreviver.
- Diante de uma ação tão débil e fragmentada, e da iminência de um verdadeiro desastre econômico e social, a FAEB, quase que em grito de desespero, apela mais uma vez às autoridades estaduais e federais.