Economia

MAPA DO EMPREGO MUDA DE ENDEREÇO NA BAHIA E INTERIOR DESBANCA RMS

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| 17/04/2012 às 07:28
Feira de Santana é o maior pólo gerador de empregos no interior da Bahia
Foto: DIV

No acumulado dos três primeiros meses do ano, a Bahia criou 11.809 postos de trabalho com carteira assinada. Esse resultado coloca o estado como líder na geração de emprego no Nordeste e na nona posição no ranking que classifica as unidades da Federação segundo os seus respectivos saldos de emprego. A economia nacional totalizou 442.608 postos de trabalho formais, enquanto a região Nordeste teve um saldo negativo de 24.282 empregos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento (Seplan).


A região Metropolitana de Salvador (RMS) criou 5.504 empregos com carteira assinada, o equivalente a 46,6% das vagas celetistas do estado, entre janeiro e março de 2012.  Já a participação do interior do estado foi de 6.305 postos, ou 53,4% de todas as vagas abertas no período.  Na análise por setores, registraram os maiores saldos, Serviços, com 9.087 vagas, Construção civil (3.188) e Agropecuária (1.014). No período, os únicos que apresentaram variações negativas foram Indústria de transformação (-166) e Comércio (-1.569), nesse último, o subsetor Comércio varejista foi o responsável pela eliminação de 2.074 postos de trabalho.


Para o secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, este resultado representa o dinamismo da economia baiana com a descentralização do desenvolvimento, uma vez que o interior gerou mais postos de trabalho do que a RMS. “Outro elemento importante é que a retração do Comércio Varejista representa um movimento sazonal, devido ao término do verão, e portanto, não é significativo no médio prazo”, destaca Gabrielli. 

Março - Entre os estados da Federação, a Bahia figurou no mês de março de 2012, entre os que mais criaram postos de trabalho (2.243). Na Região Nordeste, além da Bahia, apenas Piauí (461) e Rio Grande do Norte (417 vagas) apuraram saldos positivos de emprego. Os outros estados da Região contabilizaram saldos negativos da seguinte ordem: Sergipe (-88 vagas), Ceará (-1.587 vagas), Maranhão (-1.637 vagas), Paraíba (-3.421 vagas), Pernambuco (-8.186 vagas) e Alagoas (-21.032 vagas). A Região Nordeste registrou, no mês de março de 2012, um saldo negativo de 32.830 postos de trabalho. Na avaliação para o Brasil, contabilizou-se no mês de março de 2012, um saldo de emprego da ordem de 111.746 postos de trabalho.


O setor da Construção civil apresentou o maior saldo da Bahia na análise mensal, com a geração de 2.647 empregos formais, cabendo aos Serviços o segundo lugar (2.299). Os setores que apresentaram saldos negativos mais expressivos foram: Agropecuária (-840 postos), Indústria de transformação (-911 postos) e Comércio (-1.194 postos de trabalho).


Municípios - Em março de 2012, Salvador (2.177), Feira de Santana (871) e Itamaraju (840) destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Os setores de Serviços e da Construção civil foram os mais dinâmicos em Salvador, respondendo por 1.335 e 1.098 vagas, respectivamente. Em Feira de Santana também foram os setores de Serviços e da Construção Civil que apresentaram os melhores desempenhos, com 551 e 273 novos empregos, e em Itamaraju, a agropecuária foi o setor que respondeu pelo maior saldo (802).

Entre os municípios que tiveram os menores saldos de empregos em março de 2012, pode-se ressaltar Itapetinga (-579 vagas), Porto Seguro (-389 vagas) e Maragogipe (-334 vagas). A retração dos empregos em Itapetinga foi determinada, principalmente, pelo saldo negativo relacionado às atividades do setor de Indústria de transformação (-534 postos). Já em Porto Seguro, o setor de Serviços foi responsável pela eliminação de 273 postos de trabalho. Em Maragogipe, o setor da Indústria de transformação eliminou 317 postos de trabalho.