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A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) aponta que a produção baiana manteve recuperação em fevereiro de 2012. Após atravessar o ano de 2011 em desaceleração, a indústria baiana apresentou em fevereiro aumento de 20,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O índice é o maior entre os 13 estados pesquisados, e deixa a Bahia com o acumulado de 12,7% no primeiro bimestre de 2012, e processo de recuperação no acumulado dos últimos 12 meses (-0,6%). Os dados são divulgados pelo IBGE, com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
Depois de crescimento acentuado em janeiro (12,6%), na comparação com o mês imediatamente anterior, fevereiro de 2012 teve pequeno recuo (-0,6%), comparado a janeiro, o que pode sinalizar estabilidade na produção industrial. O diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, sugere monitoramento permanente na performance da indústria baiana diante do cenário internacional e das perspectivas em nível nacional. "É possível que a indústria baiana possa consolidar a estabilidade e mesmo crescer no atual contexto", argumenta Geraldo Reis.
A taxa de 20,1%, comparada a 2011, é atribuída ao acréscimo, principalmente, nos segmentos de produtos químicos (91,4%), motivado não apenas pelo crescimento na produção de etileno, PVC e polietileno, mas também pela baixa base de comparação por conta do desligamento do sistema elétrico ocorrido no Nordeste em fevereiro do ano passado. Ressalta-se também o acréscimo de alimentos e bebidas (12,3%) e celulose, papel e produtos de papel (10,1%). Nas pressões negativas, vale destacar as taxas apresentadas pelos segmentos de refino de petróleo e produção de álcool (-3,9%), pressionado pela redução na produção de óleo diesel, óleos lubrificantes e nafta para petroquímica, e de veículos (-27,2%).
No primeiro bimestre de 2012, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana registrou acréscimo de 12,7%. Seis dos oito segmentos da indústria de transformação apresentaram acréscimo no período, com destaque para produtos químicos (52,3%), pressionado, pelo aumento na produção de etileno e polietileno; alimentos e bebidas (8,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (1,9%). Negativamente, destacam-se celulose e papel (-6,4%) e veículos (-13,7%).
Mesmo com crescimento no primeiro bimestre, no acumulado dos últimos 12 meses (Mar11-Fev12), comparado com os 12 meses anteriores (Mar10-Fev11), o patamar da produção industrial baiana permanece estável, com -0,6%. Dos oito segmentos da indústria de transformação quatro apresentaram queda na comparação, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (-7,2%).
Interestadual O aumento de 20,1% em relação a fevereiro de 2011, foi o maior entre os 13 estados pesquisados, bem como da média nacional (-3,9%) e do Nordeste (10,6%). Somente Goiás (7,0%), Pernambuco (6,5%), Paraná (0,5%) e Pará (0,1%) não foram negativos. Rio de Janeiro (-9,0%) liderou o índice negativo, seguido pelo Amazonas (-8,3%), São Paulo (-6,6%), Ceará (-6,0%), Santa Catarina (-4,5), Rio Grande do Sul (-2,1), Espírito Santo (-2,0) e Minas Gerais (-1,1). Contudo, no acumulado dos últimos 12 meses, sete estados ficaram à frente da Bahia (-0,6%): Goiás (9,3%), Paraná (5,4%), Espírito Santo (4,5%), Amazonas (2,6%), Pará (2,1%), Pernambuco (2,0%), Rio Grande do Sul (1,9%).