"O Governo da Bahia tentou até o último instante que a fábrica da Dow em Camaçari permanecesse em funcionamento ou o seu controle fosse transferido à outra empresa. Articulamos uma ofensiva de anti-dumping contra o TDI chinês e, depois, re-enquadramos a companhia na melhor configuração do DESENVOLVE, para que ela ganhasse competitividade, mas nada funcionou.
De qualquer modo, vamos ainda insistir na venda da planta industrial. É bom ressaltar que a Dow continua operando em Aratu, com uma das maiores fábricas do grupo na América do Sul", declarou o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, a respeito do fechamento da fábrica de TDI, no Polo Industrial de Camaçari.
Depois de comunicar ao Governo da Bahia, a Dow informou da decisão de fechar a planta no estado, resultado, segundo a companhia, de "extensa avaliação da competitividade de longo prazo da fábrica e está alinhada às metas de Meio Ambiente, Saúde e Segurança (EH&S)".
A Dow Química registrou crescimento de 12% em 2011 em relação ao ano anterior, com recorde de vendas que ultrapassou a cifra dos US$ 60 bilhões. Contudo, a unidade de Camaçari não tem sido lucrativa nos últimos anos e os investimentos adicionais requeridos tornariam a operação economicamente inviável.
O anúncio já foi feito aos 123 funcionários na Bahia, que deverão ser recolocados em outras companhias, garantiu o grupo. Além da fábrica de Camaçari, a Dow poderá fechar unidades na Europa, América do Norte e América Latina, assim como implementar reduções da força de trabalho como parte dos esforços para a redução de custos.