A seca tem sido vista geralmente como enfrentamento da falta de água e comida, que são os elementos fundamentais à sobrevivência dos animais. Isto se confirmou na recente assinatura de convênio entre o Ministério da Integração e o Governo do Estado da Bahia, no valor de R$ 10 milhões, destinados a água e cestas básicas.
Produtores do Norte da Bahia, especialmente os de Senhor do Bonfim, aprofundam a questão e proclamam o "SOS Cadeias Produtivas", elevando, ampliando e aprofundando o nível de discussão do problema da seca.
Os criadores de animais Valdeci e Mauricio Cardoso, por exemplo, defendem subsídios urgentes para ração e uma intervenção do Estado, com seus ministérios e secretarias. Ações emergenciais para que não se consuma a destruição de uma otimização genética que se implantou ao longo de 30 anos e que está ameaçada de desaparecer em apenas dois meses.
"A nossa cooperativa, a COOPLEQ, está em vigília permanente, mas sem encontrar ainda o apoio devido, o que poderá resultar no esfacelamento do projeto ‘Leite na Caatinga', com produção diária que chegava a quarenta mil litros-dia. Perder este projeto construído a duras penas e de forma determinada será fatal para a economia local, regional e estadual", afirma o criador Valdeci.
Motivado por este drama, o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Piemonte Norte do Itapicuru estará reunindo no Centro Cultural Ceciliano de Carvalho, em Senhor do Bonfim, nesta quarta-feira (4), às 14 horas, os Consórcios e Territórios do Sisal bem como do Sertão, com seus produtores rurais, técnicos e lideranças, para uma busca de soluções. Estão sendo convidados para o debate e construção de uma agenda de intervenções as Secretarias de Agricultura e de Integração Regional do Estado, os Ministérios de Desenvolvimento Agrário, de Integração e de Desenvolvimento Social, prefeitos e secretarias de agricultura municipais.