Olayele Adelakun, professor que acompanhava o grupo de 15 pesquisadores, disse que o encontro foi enriquecedor. "Pudemos conhecer a realidade local, obtendo informações valiosas. Isso nos permite desenvolver um diagnóstico completo, mostrando de que forma o setor se organiza por aqui e como podemos promover um intercâmbio entre os dois países", disse.
O grupo esteve em outras cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Curitiba e Blumenal. O objetivo das visitas foi, justamente, possibilitar a construção de um dianóstico do setor de TI no Brasil, por meio de uma avaliação dos pontos fortes que possam ser absorvidos pelo mercado internacional. "A ideia principal dessa iniciativa é que as empresas daqui tenham a oportunidade de realizar negócios com empreendimentos norte-americanos, promovendo a intenacionalização do setor", explicou a gestora do projeto de TI do Sebrae, Sami Melo.
A Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia (Sicm) foi responsável pela intermediação do contato com os pesquisadores. Eles foram convidados a conhecerem como funciona o setor de TI na Bahia, no qual o Sebrae tem uma papel fundamental. O coordenador da Unidade de Comércio e Serviços do Sebrae Bahia, Rogério Cerqueira, apresentou um breve histórico da instituição e seus principais focos de atuação.
Já Sami Melo, falou das ações que norteiam o projeto de TI do Sebrae Bahia. Ela citou a parceria que envolve a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), formalizando o programa Progredir. "Através das ações desse programa, pudemos promover capacitações para os empresários aprimorarem a gestão de suas empresas", ressaltou. O projeto de TI contempla, atualmente, 80 empresas de Salvador, Região Metropolitana e Feira de Santana.
O empresário Martin Noel, sócio da Interactiva, apresentou a Central de Negócios Nextbuy, presidida por ele. "Nos reunimos informalmente, em maio de 2011, para discutir a possibilidade de ações conjuntas. Com o apoio do Sebrae, em novembro do mesmo ano, estávamos formalizando a central", contou.
Entre as vantagens, Martin destacou a redução de custos através das compras conjuntas e a possibilidade de capacitação de funcionários e executivos das empresas, em larga escala, com tarifas menores. A central reúne, hoje, 16 empresas, e é a primeira do setor de TI no Nordeste e a segunda do Brasil.
Ao longo das apresentações, os pesquisadores puderam tirar suas dúvidas, principalmente sobre o funcionamento da Central de Negócios. Entre outras informações, foi destacado que, no Brasil, 97% dos negócios formalizados são integrados por micro e pequenas empresas.O grupo visitou também a Universidade Federal da Bahia e empresas norte-americanas de TI com operação na Bahia.
Para Ivan de Queiroz, coordenador de Inovação e Tecnologia da Sicm, a pesquisa é de extrema importância, uma vez que amplia a visibilidade do mercado baiano de TI em outros países "Isso possibilita a geração de novas oportunidades de negócio nesse segmento", concluiu.
"Conhecemos o Brasil pela hospitalidade do povo, pela alegria, pelo futebol, mas também queremos conhecer esse outro lado. Vimos que temos um Brasil que pode oferecer tecnologia de qualidade", finalizou o professor Adelakun.