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A Bahia contabilizou um saldo negativo de 1.619 postos de trabalho com carteira assinada no mês de fevereiro. O resultado segue tendência regional, já que o Nordeste sofreu diminuição de 9.610 postos de trabalho. As informações são Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), realizado pelo IBGE e analisado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
O saldo da Bahia expressa a diferença entre o total de admissões (57.361 vagas) e desligamentos (58.980 vagas). O saldo registrado em fevereiro último situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual período no ano anterior (3.127 vagas) e também ao verificado no mês de janeiro do corrente ano (6.861 vagas). Desde 2004 não havia resultado negativo para o mês de fevereiro.
O setor de
Serviços apresentou o maior saldo da Bahia no mês de fevereiro de 2012, com a geração de 1.457 empregos formais. A
Agropecuária e
Administração pública também foram positivos, porém pouco expressivos: 285 e 43 postos, respectivamente. Os setores que apresentaram saldos negativos foram:
Extrativa mineral (-22 postos)
, Serviços industriais de utilidade pública (-38 postos),
Comércio (-678 postos),
Indústria de transformação (-908 postos)
e Construção civil (-1.758 postos de trabalho).
O diretor de indicadores e estatísticas da SEI, Gustavo Pessoti, elucida um fator que afetou de forma substancial a queda: "Houve retração esperada para a construção civil, setor de maior queda no estado. Ele estava muito aquecido, e o momento é de finalização das obras do boom imobiliário, quando não existem novas contratações". O saldo de emprego no acumulado dos dois primeiros meses de 2012, totaliza 7.344 postos de trabalho gerados no estado. Mesmo com resultado negativo no mês de fevereiro, a Bahia continua liderando a geração de emprego no Nordeste e na décima posição no
ranking que classifica as unidades da Federação.
Na Região Metropolitana de Salvador (RMS) foram eliminados 1.661 empregos, enquanto que no Interior do estado foi apurado um saldo da ordem de 42 postos gerados. No acumulado do ano o interior gerou 5.473 postos, ou 74,5% de todas as vagas abertas no estado, ao passo que a RMS criou 1.871 empregos com carteira assinada, o equivalente a 25,5% das vagas celetistas.
Em fevereiro de 2012, Vitória da Conquista (398), Feira de Santana (354) e Lauro de Freitas (346) destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Entre os municípios que tiveram os menores saldos de empregos, pode-se ressaltar Itapetinga (-578 vagas), Porto Seguro (-558 vagas) e Camaçari (-481 vagas). A retração dos empregos em Itapetinga foi determinada, principalmente, pelo saldo negativo relacionado às atividades do setor de
Indústria de transformação (-593 postos).
Análise nacional, regional e interestadual Na avaliação para o Brasil, contabilizou-se, no mês de fevereiro de 2012, um saldo de emprego da ordem de 150.600 postos de trabalho, ao passo que, no acumulado do ano de 2012, a economia nacional totalizou 293.987 postos de trabalho formais. A Região Nordeste registrou, no mês de fevereiro de 2012, um saldo negativo de 9.610 postos de trabalho.
Com esse resultado, acumulou, de janeiro a fevereiro de 2012, 1.395 empregos. Entre os estados nordestinos, tiveram decréscimo: Rio Grande do Norte (-2.212), Paraíba (-3.137), Alagoas (-3.162) e Pernambuco (-3.844). No entanto, os demais estados que integram a referida região contabilizaram saldos positivos: Ceará (3.667 vagas), Sergipe (1.284 vagas) e Piauí (224 vagas). Em termos geográficos, houve aumento de emprego em quase todas as grandes regiões. A exceção ficou por conta da região Nordeste que, por motivos sazonais, ligados às atividades sucroalcooleiros, apresentou queda de 9.610 postos. Em números absolutos, a região Sudeste abriu 93.266 postos; Sul, 39.522; Centro-Oeste, 23.457; Norte, 3.965.