Economia

CACAU CABRUCA VAI REPRESENTAR A BAHIA NA CONFERÊNCIA RIO+20

| 29/02/2012 às 23:30
O sistema agroflorestal Cacau Cabruca representará a Bahia na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcada para junho deste ano na capital carioca, reunindo líderes dos 193 países e representantes de vários setores da Organização.

O sistema é um dos oito cases (o único do Nordeste) selecionados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para serem apresentados no evento. A cultura considerada conservacionista por manter as árvores nativas da Mata Atlântica para sombrear o cacau, contribuindo assim para a preservação da água, do solo e principalmente da biodiversidade.

Em função destas características, a Comissão Executiva do Plano da  Lavoura Cacaueira (Ceplac) na Bahia desenvolveu um programa denominado de Conservação Produtiva que consiste em harmonizar o cultivo do cacau com a conservação da Mata.

Para Juvenal Maynart, superintende da Ceplac, a escolha do Mapa mostra o fortalecimento do setor e o aprimorando de sua imagem: “A instituição, com sua nova diretoria, tem focado ainda mais em pesquisa e políticas públicas com o objetivo de agregar valor ao produto e mostrar que a produção cacaueira é economicamente sólida, viável e sustentável”.

Durval Libânio, presidente do Instituto Cabruca e da Câmara Setorial do Cacau, vê na indicação uma evidência de que “a produção sustentável do cacau é referência para o que hoje chamamos de economia verde, um dos pilares de discussão da Rio+20,  merecendo destaque por aliar economia e meio ambiente e por promover ações voltadas às comunidades locais do sul da Bahia”.

Apesar de nativo da Amazônia, foi na Bahia que o cacau prosperou e se desenvolveu.  De acordo com a Câmara Setorial do Cacau, o Estado tem 32 mil produtores, responsáveis por 70% da produção nacional, ou sejam, 160 mil toneladas da amêndoa por ano.