Economia

SEI ANUNCIA QUE RETRAÇÃO DA INDÚSTRIA BAIANA EM 2011 ATINGIU 4.3%

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| 10/01/2012 às 17:22
Metalurgia básica foi o segmento que mais sofreu em 2011, com retração -11%
Foto: Exame

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) aponta que a produção industrial baiana apresentou, em novembro de 2011, na comparação com outubro, mês imediatamente anterior, queda de 6,4%. Na comparação com 2010, o recuo foi de 4,2%. Os resultados divulgados pelo IBGE, com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), indicam que, no ano passado, de janeiro a novembro, a retração da indústria baiana foi de 4,3%.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de outubro para novembro de 2011, houve crescimento da produção industrial em oito dos 14 locais pesquisados, enquanto seis áreas registraram queda na produção: Ceará (-0,3%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Pernambuco (-2,4%), região Nordeste (-2,9%), Amazonas (-3,0%) e Bahia (-6,4%). O principal motivo para a retração na Bahia foi a queda de 30,8% no refino de petróleo e produção de álcool, motivada sobretudo pela redução na produção de óleo diesel, gasolina automotiva, naftas para petroquímica e gás liquefeito de petróleo, fruto da paralisação técnica parcial em unidade produtiva do setor.


No confronto com novembro de 2010, a taxa de -4,2% é a quinta retração consecutiva neste tipo de comparação. O resultado negativo no indicador, mais uma vez, é atribuído à redução, principalmente, no segmento de refino de petróleo e produção de álcool (-28,1%). Vale ressaltar as pressões negativas apresentadas pela metalurgia básica (-12,4%), veículos automotores (-36,3%) e celulose e papel (-8,5%). A maior contribuição positiva veio de produtos químicos (20,9%), seguida por alimentos e bebidas (7,8%) e borracha e plástico (5,8%).


No período janeiro a novembro 2011, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana acumulou decréscimo de 4,3%. Dos oito segmentos da indústria de transformação cinco apresentaram decrescimento no período, com destaque para produtos químicos (-8,0%) pressionados pela menor produção de etileno não-saturado, polipropileno e polietileno de alta e baixa densidade proveniente da paralisação técnica provocada pelo desligamento do sistema elétrico da região Nordeste em fevereiro de 2011. Os segmento refino de petróleo e produção de álcool (-8,2%) e metalurgia básica (-11,7%), também influenciaram negativamente o indicador. Por outro lado, a maior influência positiva veio de alimentos e bebidas (7,5%).