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Fenagro: Pavilhão da Agricultura Familiar: Paulo Teixeira e as buchas gigantes
Foto: BJÁ
É possível sobreviver produzindo e comercializando buchas e produtos agroecológicos derivados de buchas? Aparentemente, não!
Bucha, em tese, é uma planta que produz um produto usado pelas pessoas em banhos. Esfregar as costas, ativar a circulação dos braços e das pernas e assim por diante.
Normalmente as buchas são vendidas nas feiras livres e mercearias de bairros a preços baixos R$2,00 a unidade, no máximo.
Mas, a comunidade São Domingos, distrito de Vitória da Conquista, está introduzindo uma cultura nova em relação ao uso e aproveitamento das buchas, especiamente as buchas gigantes (têm em média 1 metros de comprimento) na produção de produtos agroecológicos: sandálias, bolsas, descansos, massageadores para as costas e braços, massageadores de mãos, cestas e outros.
À frente desse empreendimento que marcha para constituir uma cooperativa está o produtor Paulo Teixeira, o qual além de ter uma área plantada com pés de bucha (3.000 pés nas proximidades do Riacho do Saquinho), ministra cursos para mulheres da comunidade com apoio da Prefeitura de VCA e diz que o negócios está prosperando no distrito.
"Comercializei 10 cursos com a Secretaria do Meio Ambiente de Conquista, a preço médio de R$5 mil cada um deles, para treinamento de 15 mulheres (total de 150 nos dez cursos) e isso vai permitir criar associações e uma cooperativa para que possemos expandir nossos negócios e essa cultura de produtos agroecológicos", comenta Teixeira para o BJÁ no estande em que participa da área reservada aos produtores da agricultura familiar na Fenagro.
Cada curso é completo com a utilização de 150 buchas gigantes e o aprendizado das técnicas em se fazer os produtos agroecológicos.
Teixeira acredita que, como essas mulheres estão espalhadas em 10 comunidades diferentes e tem o mercado de Conquista à frente, vão criar novos produtos e avançar no associativismo com o apoio do SEBRAE e Seagri.