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Maria Luiza Ribeiro da COAFBA da bacia do Almada, Sul da Bahia
Foto: BJÁ
O pavilhão reservado às associações e cooperativas que atuam no segmento da agricultura familiar na Fenagro é uma atração à parte na Expo que fica até o final de semana no Parque de Exposições. São duas dezenas de produtores, artesãos e cooperados que comercializam seus produtos, divulgam suas cooperativas, fazem negócios e tentam expandir a comercialização.
Para Jaques Luiz Pereira, da COOPAMA, Cooperativa dos Produtores Associados de Cana e Seus Derivados da Microrregião de Abaira, que produz cachaça, melaço, caldo de cana, açucar mascavo, rapadura e outros similiares nessa linha, "o nosso grande problema está na comercialização dos produtos e ampliação do mercado", diz destacando que há boa produrividade na COOPAMA mas essa perna está ainda a ser robustecida.
Essa também é a opinião de Luiza Augusta dos Santos produtora da Cooperativa Mista de Jacobina que produz hidratantes, esfoliantes e loções hidratantes do babaçu na comunidade de Cocho de Dentro. "Nossa Associação, por enquanto, só consegue vender um pouco mais para a Mineradora Morro Velho, de Jacobina, dentro do Programa Portas Abertas, e estamos tentando levar nossos produtos aos supermercados da região de Jacobina e da capital".
TRABALHO INTEGRADO
O trabalho dessas cooperativas e associações tem o apoio do governo do Estado através da SEAGRI, do SEBRAE, de grupos privados, de Prefeituras e assim por diante. É um trabalho dificil de ser realizado devido a baixa escolaridade da maioria dos associados, residentes na zona rural do estado, a maioria em povoados e distritos sem uma infra-estrutura adequada, mas, que está avançando.
A COAFBA - Cooperativa de Agricultores Familiares da Bacia do Almada - trabalha para alimentar a primeira fábrica de chocolate da agricultura familiar da Bahia instalada pelo governo do Estado em Ibicaraí. A COAFAB tem sede em Coaraci e agrega produtores de 7 municípios dessa região, mas, ainda assim, não consegue suprir toda a exigência da fábrica.
Maria Luiza Ribeiro, da comunidade de Ribeirão dos Pratos, disse ao BJÁ disse que a fábrica foi montada para atender a produção de 300 fornecedores associados e conta com apenas 135, mas, está conseguindo avançar, e vende barras de chocolates embalados com 56.6% de teor a R$12,00 e com 70% de teor a R$16,00.
"Agora estamos trabalhando para suprir a procura de ovos para a Páscoa e operando a todo vapor", confessa uma entusiasmada Luiza.
Para o diretor da AACAF - Agência de Assessoria e Comercialização da Agricultura Familiar do Baixo Sul -, Marcos Luiz, "temos ainda que avançar muito, mas já conseguimos muita coisa, e nosso trabalho de base está na organização dessas pessoas, na documentação, qualificação profissional e assim por diante", comentou.
É o caso da pequena COOPERLIC - Cooperativa de Colhedores e Beneficiadores de Licuri da Caldeirão Grande que conta com 42 asssociados, todas mulheres, e que produz cocadas, barra de cereal e conservas in natura tudo de licuri uma planta nativa local e abundante.
Maycle Oliveira Santos, diretora Administrativa, diz que a COOPERLIC só produz sob encomenda, pois, não tem estrutura de comercialização.