O Conselho Deliberativo da FUP considerou vitorioso o processo de negociação do acordo coletivo, que culminou na reunião de ontem (21) com o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli.
O colegiado aprovou por unanimidade a suspensão da greve por tempo indeterminado e a aceitação da nova proposta, formalizada nesta terça (22) pela Petrobrás, contemplando os pontos discutidos na reunião com o presidente José Sérgio Gabrielli.
A FUP orienta os sindicatos a iniciarem no sábado (26) as assembléias para submeter aos trabalhadores os indicativos do Conselho Deliberativo. A categoria conseguiu também um ganho real entre 2,5% e 3,25%, o maior obtido este ano, comparativamente com as demais categorias.
As conquistas em relação às reivindicações de saúde e segurança, bem como a retomada de direitos retirados nos governos neoliberais, foram ressaltados pelo Conselho Deliberativo como avanços fundamentais para garantir aos petroleiros um acordo histórico, arrancado na luta, com paralisações surpresa e "Operação Gabrielli" em diversas bases da FUP.
Conquistas históricas
A defesa da vida, principal eixo da campanha, pautou todas as mesas de negociação com a Petrobrás e subsidiárias, bem como as mobilizações da categoria, que segue na luta, denunciando os riscos e fazendo a disputa com os gestores da empresa para assegurar o direito a um ambiente de trabalho seguro para todos. Ao priorizar a vida em cada rodada com a empresa, a FUP e seus sindicatos arrancaram conquistas históricas em relação ao SMS, dando um passo fundamental para quebrar o autoritarismo dos gestores da Petrobrás, que insistem em manter a produção acima da segurança.
Avanço nos benefícios e demais cláusulas sociais
Nas rodadas de negociação com a Petrobrás, a FUP e seus sindicatos garantiram avanços importantes também em relação aos benefícios e outras cláusulas sociais. A categoria garantiu avanços em relação à AMS, benefícios educacionais, Programa Jovem
Universitário, benefício farmácia, Petros, direitos dos anistiados e aposentados, entre outras conquistas. Além disso, a proposta arrancada pela FUP e seus sindicatos garante um ganho real entre 2,5% e 3,25%, o maior obtido este ano, comparativamente com as
demais categorias organizadas.