Economia

CRISE MUNDIAL CHEGA COM FORÇA E CRIAÇÃO EMPREGO FORMAL CAI 38.4%

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| 18/11/2011 às 11:18
A crise na economia mundial desaquece geração de empregos no Brasil
Foto: FP

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho, revelam que foram abertas 126.143 vagas formais em outubro deste ano, uma queda de 38,4% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criados 204.804 empregos formais. O recuo acontece em meio à crise crise financeira internacional.

O resultado é o pior para um mês de outubro desde 2008, quando foram abertos cerca de 61 mil empregos com carteira assinada. Naquele momento, a economia brasileira também se ressentia dos efeitos da primeira etapa das turbulências externas - que eclodiram em setembro daquele ano com o anúncio de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers.


Acumulado do ano


No acumulado de janeiro a outubro deste ano, ainda segundo números oficiais do Ministério do Trabalho, o número de empregos com carteira assinada alcançou 2,24 milhões. O resultado representa uma queda de 18,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 2,74 milhões de vagas.

Os números de criação de empregos formais do acumulado deste ano, e de igual período de 2010, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo.

Além de ter registrado queda frente ao ano passado, os dados do governo mostram que a criação de empregos formais, de janeiro a outubro deste ano, também ficou abaixo do resultado registrado em igual período de 2008 - quando foram criados 2,33 milhões de empregos com carteira assinada.


Meta de 3 milhões de
vagas não será atingida


No mês retrasado, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu que a criação de empregos com carteira assinada em 2011 deve ficar abaixo da meta inicial de três milhões de vagas. Segundo ele, a criação de empregos formais, com a incorporação dos servidores públicos (números da Rais, que só saem no próximo ano, com a incorporação dos dados dos servidores públicos), deve ficar entre 2,7 milhões e 2,9 milhões neste ano. Somente os dados dos empregos celetistas, divulgados no resultado do Caged mensalmente, segundo Lupi, devem registrar a criação de 2,3 milhões a 2,4 milhões de vagas neste ano.