Economia

PRODUÇÃO INDUSTRUAL CAI E SEGMENTO AUTOMOBILISTICO RECUOU 1.6% EM SET

VEJA
| 01/11/2011 às 10:25
Crise mundial da economia provoca reflexos no Brasil
Foto: div

A produção industrial brasileira caiu 2% em setembro, na comparação com o mês anterior, com ajuste sazonal, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, a taxa havia recuado 0,1% e, em julho, subido 0,3% (dados revisados).

Em relação ao mesmo período de 2010, a indústria mostrou queda de 1,6% , a menor marca desde abril (-1,7%) e, no acumulado no ano, o índice tem alta de 1,1%.

"O resultado de setembro acentuou a redução no ritmo da atividade fabril, após ficar praticamente estável nos dois últimos meses. Esse movimento se deu de forma generalizada", disse o IBGE, por meio de nota.


Entre os 27 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE, 16 tiveram queda, com destaque partindo de veículos automotores (-11%), "pressionado em grande parte pela concessão de férias coletivas que atingiu várias empresas do setor". Também apresentaram quedas expressivas os setores de produtos do fumo (-30,6%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-13,6%), máquinas e equipamentos (-4,1%), edição e impressão (-5,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,0%) e outros equipamentos de transporte (-4,5%).


Entre as atividades que aumentaram a produção, os maiores destaques partiram de alimentos (3,3%), outros produtos químicos (4,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (9,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (2,1%).

Ainda em relação com agosto, entre as categorias de uso, tiveram queda bens de consumo duráveis (-9,0%) e bens de capital (-5,5%) . O segmento de bens de consumo semi e não duráveis também mostrou queda na produção (-1,3%). O setor produtor de bens intermediários repetiu o patamar do mês anterior (0,0%).


Comparação anual

Na comparação com setembro de 2010, a produção industrial mostrou queda em 14 dos 27 ramos pesquisados, com maiores influências partindo de veículos automotores (-6,4%), farmacêutica (-14,8%), têxtil (-16,7%), edição e impressão (-8,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,6%), vestuário e acessórios (-11,9%) e calçados e artigos de couro (-10,8%).


Na contram]ao, os impactos positivos partiram de alimentos (3,3%), refino de petróleo e produção de álcool (3,8%), bebidas (4,7%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (8,9%).


Na comparação entre as categorias de uso, o segmento de bens de consumo duráveis teve a queda mais elevada (-9,5%), pressionado em grande parte pela menor produção de automóveis (-22,3%) e de telefones celulares (-19,8%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis (-2,3%) também mostrou queda acima da média global (-1,6%) e foi negativamente influenciada pelos recuos observados nos grupamentos de não duráveis (-7,9%) e de semiduráveis (-10,5%).

Nessa análise de setembro, os segmentos produtores de bens intermediários (0,3%) e de bens de capital (0,2%) mostraram leve alta na produção. As influências positivas partiram da maior fabricação dos produtos associados às atividades de alimentos (9,6%), metalurgia básica (1,5%), minerais não metálicos (3,1%) e veículos automotores (3,2%), enquanto os impactos negativos foram verificados em têxtil (-15,9%), borracha e plástico (-3,8%), indústrias extrativas (-1,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-0,8%).