De acordo com Wagner, o encontro - realizado anualmente em um país diferente - é uma ótima oportunidade para o intercâmbio econômico entre o Brasil, a Bahia e a Itália. Segundo Wagner, a Itália é o sétimo principal destino das exportações baianas. Do total exportado, 4,5% tiveram como destino aquele país. Dentre os produtos exportados, os principais são a pasta química, madeira, sulfato, cobre,
soja, couro, peixe e carne.
De janeiro a agosto deste ano, as vendas baianas para o país italiano totalizaram US$ 320,82 milhões, representando um saldo comercial positivo para o estado de US$ 280,98 milhões. "As exportações baianas estão batendo recordes e já passam da casa de R$ 1 bilhão. Em agosto deste ano, nossas exportações representaram 64% das exportações do Nordeste", revelou o governador, durante o seu
pronunciamento.
Parceria
Para o vice-presidente da poderosa Confederação Industrial da Itália - Confindustria, Paolo Zegna, o desafio italiano é estabelecer a presença de pequenas e médias empresas no Brasil. "Nossa missão hoje é construir parceria duradoura entre Brasil e Itália", afirmou. Segundo ele, existem oportunidades no Brasil na área de energias renováveis e de estaleiros, setores nos quais a Itália possui
experiência e a Bahia vem se destacando, sobretudo na implantação de parques eólicos. "É preciso, também, olhar os estados do Nordeste que tem crescido mais do que o Brasil e apresentam grandes oportunidades de negócios", disse Zegna.
Em sua apresentação, o vice-secretário do Ministério do Exterior da Itália,
Vincenzo Scotti, afirmou que o Brasil e a América Latina possuem papel
importante de liderança mundial. "Estamos numa fase de reequilíbrio da economia
mundial e é necessário um modelo de economia que seja mais inclusivo", disse
Scotti. Sobre a questão, Jaques Wagner destacou que a experiência das "políticas
anticíclicas" brasileira pode ajudar a Itália a enfrentar este momento difícil.