Economia

COOPERATIVISMO À SERVIÇO DO COMBATE À MISÉRIA E A FOME, p OHARA GRECE

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| 26/09/2011 às 21:56
As cooperativas na agricultura familiar ajudam na organização social
Foto: DIV
 

Pensa na direção certa o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, quando destaca a importância do cooperativismo para a produção de alimentos e a erradicação da miséria no Brasil, atuando como força motriz no Programa de Combate à Miséria lançado pela presidente Dilma.

No Brasil existem milhares de famílias que sobrevivem da agricultura familiar e a maioria dessas pessoas ou grupos de pessoas, porque embora espalhadas na zona rural se concentrem em povoados e em sedes municipais no momento de fazer negócios de compra e venda de produtos, podem ser associadas e gerenciar cooperativas com ganhos de produtividade, melhores mecanismos para a comercialização dos seus produtos, financiamentos em linhas de crédito que isoladamente desconhecem e assim por diante.


Só na Bahia existem 700 mil famílias nessa situação e, hoje, já estão mais organizadas e têm recebido orientações do  Ministério do Desenvolvimento Agrário  (MDA0 e do governo do Estado em encontros motivadores e de organizações sociais.  Ainda é pouco porque a Bahia sempre foi distante da cultura do cooperativismo, parecia aos olhos de muitos segmentos uma espécie de "bicho papão", mas tem evoluído e, de fato, como situou Gilberto Carvalho pode dar uma ajuda inestimável no combate à miséria e a fome.


Vale lembrar que na última visita que a presidente Dilma fez a região Nordeste, em Arapiraca, o governador Wagner a presenteou com um pote de geléia produzida numa cooperativa vinculada a agricultura familiar e situada no município de Uauá.


No 3º Congresso de Cooperativismo Solidário que aconteceu em Brasília no último mês de julho estiveram reunidos representes de 600 cooperativas de agricultura familiar de todo país, além de entidades da sociedade civil, justamente para discutir diretrizes às políticas públicas de incentivo ao cooperativismo, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Sebrae, Fundação Banco do Brasil e União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).


Apesar de alguns entraves burocráticos à criação e manutenção de cooperativas, como uma legislação meio caduca que se arrasta no Congresso para ser modernizada e nunca sai disso, esse ainda é o melhor caminho, o cooperativismo, para agregar famílias com menor renda, isso de forma mais rápida e com resultados quase imediatos, para ajudar no esforço do combate à miséria.


Não tenho dados de quantas cooperativas existem na Bahia vinculada à agricultura familiar, porém sei que há um crescimento expressivo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, isso sem contar com o projeto do Baixo Sul que é top de linha da Fundação Norberto Odebrecht.


Potencial existe, gente para se organizar em torno do cooperativismo é o que não falta, o Sebrae está aí ativo para orientar, o Banco do Brasil tem linhas de crédito, então, só é preciso um incentivo no plano da organização dessas pessoas, o que não é tão fácil assim, mas já existem dezenas de agentes trabalhando nessa direção.


Concordo, portanto, que esse é um dos caminhos para ajudar ao Programa de Combate à Miséria inclusive atuando nas duas pontas, no abastecimento de alimentos a determinados setores do consumo, na venda de produtos a preços melhores do que os praticados no mercado; e na organização e melhoria da qualidade de vida dessas pessoas, de forma direta.