Economia

ESTUDO SEI REVELA QUE PRODUÇÃO INDUSTRIAL BAIANA RECUOU 6.8% EM JULHO

VIDE
| 03/09/2011 às 09:21

De acordo com os resultados da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE e divulgada, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, a produção industrial baiana apresentou, em julho, retração de 6,8%, em relação a junho, mês imediatamente anterior. Na comparação com julho de 2010, houve recuo de 4,4%. No acumulado do ano, o resultado é negativo em 4,6%, e em 3,1% no acumulado dos últimos doze meses.


O recuo de 6,8% na comparação mensal interrompeu quatro meses seguidos de taxas positivas, que acumularam ganho de 19,1% na produção da indústria baiana. A metalurgia básica apresentou a maior queda na produção, com -19,9%, seguida de celulose, papel e produtos de papel (-14,1), refino de petróleo e álcool (-8,2%), produtos químicos (-0,2%) e veículos automotores (-0,1%).


"Os resultados refletem as incertezas em relação ao cenário econômico internacional, com alguns setores exportadores, a exemplo da celulose e papel, desacelerando seu ritmo de produção. Também deve-se levar em consideração a queda forte da metalurgia básica, por paralisação técnica", explica Luiz Mário Vieira, coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI.


No confronto com julho de 2010, a indústria volta apresentar decréscimo na produção física, após resultado positivo em junho. O resultado no indicador é atribuído, principalmente, ao recuo do setor de metalurgia (-36,6%), afetada por paralisação parcial da produção no segmento de cobre; refino de petróleo e produção de álcool (-14,2%) e celulose e papel (-13,9%). Por outro lado, os segmentos que apresentaram as principais contribuições positivas foram: alimentos e bebidas (16,2%) e produtos químicos (4,7%).


No acumulado de 2011, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana registrou decréscimo de 4,6%. Quatro dos oito segmentos da indústria de transformação apresentaram redução no período, com destaque para produtos químicos (-13,1%), pressionado, pela queda na produção de etileno e polietileno; refino de petróleo e produção de álcool (-6,2%), resultado do recuo do processamento de óleo diesel e naftas para petroquímica; e metalurgia básica (-11,2%), por conta, da redução na produção de alumínio e ouro. Positivamente, destacam-se alimentos e bebidas (12,1%) e minerais não metálicos (9,4%).


No índice acumulado nos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a taxa da produção industrial baiana recuou 3,1%. Os segmentos produtos químicos (-11,9%), refino de petróleo (-2,4%), metalurgia básica (-6,7%) e celulose (-3,5%) registraram decréscimo no período. As principais contribuições positivas vieram dos segmentos de alimentos e bebidas (10,3%) e minerais não metálicos (7,8%).