A indústria argentina IMPSA - maior fabricante de equipamentos eólicos no Brasil - está de olho no promissor mercado baiano da energia movida pela força dos ventos . A primeira conversa entre a empresa e o Governo da Bahia aconteceu na Windpower 2011, no maior evento dedicado à energia eólica no Brasil e América Latina, que se encerra hoje (02.09), no Rio de Janeiro.
O governador Jaques Wagner e o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, conversaram diretamente com o presidente da IMPSA Process, José Luis Menghini, e com o presidente da IMPSA Wind, Lucas Pescarmona.
"Foi nosso primeiro contato. Não gosto de criar expectativas. Durante dois anos negociamos a ampliação da Ford em silêncio, para, então, só depois anunciar. Posso dizer que a conversa inicial com a IMPSA foi bastante promissora. Temos 52 projetos de energia eólica já contratados, o que significa que, hoje, temos o segundo maior mercado de eólica do Brasil", disse o governador Wagner.
"É claro que a Bahia chama a atenção. Tem meia centena de projetos eólicos e os melhores ventos do Brasil e da América Latina. E, para este tipo de negócio, a produção tem que ser local. A conversa com o Governador Wagner foi o impulso que faltava para acelerar os estudos de um investimento no Estado, possivelmente de uma planta industrial, que pode ser de eólica ou de energia hidráulica, nossas duas especialidades, explicou Menghini.
Fazenda eólicas e hidroelétricas
A matriz da IMPSA Wind é na Argentina, mas a empresas mantém fábricas na Malásia e no Brasil, onde chegou em 2008, atraída pela força dos ventos e pelos grandes projetos hidroelétricos no País.
Além de fazendas eólicas no Ceará e em Santa Catarina, a companhia tem contratos com a Odebrecht para fornecer equipamentos para as usinas de Simplício, na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, e Dardanelos, em Mato Grosso, que somam R$ 655 milhões.
A primeira planta industrial da IMPSA no Brasil está no Complexo de Suape, em Pernambuco, onde são produzidos, anualmente, 500 aerogeradores, e onde mantém uma linha para produção de turbinas para hidrelétricas, além de um laboratório hidráulico.