Com clima e solo propícios, a Bahia tem vocação florestal. Os potenciais da cadeia florestal -  que vai do plantio de florestas, passando pelo papel e celulose, pelo carvão vegetal e também pela geração de energia e produção de fármacos, móveis e peças para construção civil foram apresentados ontem para empresários de diversos setores durante o Bahia Florestal, evento realizado pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) em parceria com o Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel).

A Bahia leva vantagem também pela excelência das indústrias aqui instaladas e pela tecnologia. Quem afirma é o presidente da Abaf e executivo da Fibria, Leonardo Genofre, que destacou o potencial de negócios para o pagamento de serviços ambientais, para a produção de energia a partir de fontes renováveis e para a capacidade de sequestro de carbono.

A biomassa foi citada como uma das principais oportunidades do setor. "O extremo sul do Estado é uma espécie de estufa a céu aberto, o que contribui para que a Bahia caminhe para se tornar o grande pólo florestal do Brasil. Temos um pólo tecnológico de peso e precisamos transferir este conhecimento para pequenos e médios produtores", afirma.

O Presidente do Sindpacel e executivo da Suzano Papel e Celulose, Jorge Cajazeira, salientou que as cidades que abrigam empresas do setor, como Mucuri, vem apresentando um crescimento mais forte, rápido e consistente nos indicadores sociais. "Vemos claramente o impacto positivo nas regiões", disse. Já são cerca de 30 mil postos de trabalho em mais de 40 municípios baianos.

A interiorização do desenvolvimento também foi lembrada pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas de Florestas Plantadas (Abraf) e da Veracel, Antonio Sergio Alipio, como um dos  benefícios da chamada economia verde. "Deixamos para trás o uso extrativista das florestas e hoje o nosso negócio é totalmente sustentável", afirmou ao apresentar os dados nacionais.

Para o secretário estadual de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, "o setor florestal, com quem mantemos um diálogo permanente, é um grande catalisador do desenvolvimento econômico da Bahia. Com a ferroviaoeste-leste a tendência é que a região oeste do Estado se fortaleça ainda mais com este negócio",diz.

Três empresas do setor florestal e com forte atuação na Bahia foram homenageadas por datas comemorativas. Foram elas: a Ferbasa, e a Komatsu, que completaram 50 anos de atividade, e a Veracel, que já soma 20 anos no Estado.