Iniciada há dois meses, a obra de implantação da Adutora do Algodão está em ritmo acelerado. Dos 265 quilômetros de extensão previstos, 30 quilômetros de tubulação, com diâmetros de 600 e 200 milímetros, já foram implantados e 7,3% da estrutura da estação de tratamento de água, na localidade de Julião, foram montados. O investimento, no valor de R$ 76 milhões, tem caráter emergencial e faz parte de uma parceria entre o Governo Federal, através da Codevasf, e o Governo do Estado, através da Embasa, para resolver definitivamente problema de escassez de água para abastecimento humano na região de Guanambi.
A atual disponibilidade de água das barragens de Ceraíma e de Poço do Magro, que são mananciais utilizados pela Embasa para garantir o abastecimento da população de Guanambi e das cidades vizinhas, é muito baixa. Esta situação se agravou no ano passado, quando o serviço de abastecimento de água entrou em colapso e a população teve que enfrentar cinco meses de racionamento.
Com a implantação da Adutora do Algodão, água de qualidade e em quantidade suficiente vai abastecer cerca de 250 mil pessoas que habitam as sedes municipais de Malhada, Iuiú, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina, Guanambi e Caetité e as localidades de Maniaçu, Pajéu do Vento e Brejinho das Ametistas (município de Caetité), Ceraíma, Mutãs e Morrinhos (município de Guanambi); Julião (município de Malhada); Guirapá (município de Pindaí); Pilões (município de Candiba) e Ibitira (município de Rio do Antônio).
A adutora também vai poder atender outras localidades situadas ao longo de sua área de influência, inclusive a população rural, mediante a realização de intervenções complementares que dependem de estudos e levantamentos sobre as estruturas de reservação de água distribuídas ao longo desse sistema que foi projetado para distribuir 450 litros por segundo.
Água do São Francisco - O sistema adutor vai captar água na margem direita do rio São Francisco, entre as cidades de Malhada e Carinhanha. A água bruta do rio percorrerá cerca de 12 quilômetros de tubulação, até a estação de tratamento de água na localidade de Julião, e, após o tratamento, seguirá por uma adutora principal de 101 quilômetros, passando por cidades que já possuem linha de distribuição para receber água tratada e por duas subadutoras, de 108 e 44 quilômetros, que serão construídas para ampliar a abrangência de atendimento do sistema.
Toda a extensão atendida pela Adutora do Algodão contará com seis potentes estações elevatórias (bombas) para pressurizar alguns trechos do sistema e garantir seu bom funcionamento.
Com base no cronograma da obra e no ritmo em que ela está acontecendo, o sistema ficará pronto para operar no segundo semestre do ano que vem.