Empresas e indústrias que desejam instalar unidades no Município de Feira de Santana enfrentam um grave problema: a escassez de áreas apropriadas. O entrave, de acordo com o presidente do Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), André Régis Andrade, é uma consequencia da falta de investimentos do Governo do Estado.
"Cerca de 70 empresas deram entrada, nos últimos três anos, no protocolo de intenção de instalação no Centro Industrial do Subaé (CIS) e muitos já estão negados por conta dessa problemática. Se o Governo do Estado enviasse recursos para desapropriação de áreas a questão estaria resolvida", explica Andre Régis Andrade.
O Centro Industrial do Subaé, composto por cerca de 200 indústrias, é um importante pólo de geração de emprego e renda. Para o presidente do CIFS, a limitação afeta, ainda, os empreendimentos já instalados na cidade.
"Projetos de ampliação de empreendimentos já alojados no CIS também esbarram nessa limitação. Com isso o Município perde investimentos, o que impede mais geração de emprego e renda comprometendo o desenvolvimento econômico de Feira de Santana", destaca.
A falta de manutenção das vias asfálticas também prejudica o setor. "O Estado assumiu o compromisso de recuperar as vias danificadas, mas até o momento nada foi feito. A avenida Sudene está em estado lastimável. Esta situação cria uma imagem negativa do CIS, de abandono e desorganização", critica André Régis.
De acordo com o prefeito Tarcízio Pimenta, o Município está sempre disponível para o diálogo com empreendedores. "O Governo Municipal não é fator de impedimento para instalação de novas indústrias. Estamos dispostos a voltar a conversar com o secretario de Indústria e Comércio do Estado. Existe a ideia de construção do CIS Norte e estamos na condição de poder avançar com essa proposta", afirma.
"O Município não pode é assumir sozinho os investimentos para viabilizar a instalação de novos empreendimentos, a exemplo da desapropriação de áreas", afirma o prefeito. Ele destaca que a própria direção do CIS dificulta esse processo, afastando os eventuais projetos, no momento em que não disponibiliza o espaço. "O próprio diretor do Centro Industrial tem ‘jogado' contra Feira de Santana", frisa.