Na semana anterior ao feriado do São João, houve um movimento de mercado em que os preços dos combustíveis em Salvador sofreram alterações. A imprensa local noticiou esta mudança como um aumento considerado abusivo para o mercado de Salvador, tendo o feriado junino como motivação para tanto.
Mas, a saber: o preço da gasolina praticado, hoje, na Bahia é quase o mesmo dos últimos anos, e o do álcool é perfeitamente compatível com o mercado brasileiro. Os dados podem ser comprovados na pesquisa de preços da ANP, referente ao período de 26 de junho a 02 de julho. O preço da gasolina na Bahia é o 17º mais baixo do Brasil e o do álcool é o 9º mais barato, mesmo após sucessivos reajustes de preços das distribuidoras, os quais têm acontecido dia após dia.
"Do início de junho para esta data, o etanol subiu nas distribuidoras de R$ 1,69 para R$ 1,92. Evidentemente a situação nas bombas está difícil", alerta José Augusto Costa, presidente do Sindicombustíveis Bahia.
O São João não motivou reajuste e sim o aumento de preço nas distribuidoras que anunciam para esta semana mais reajuste no preço do álcool, o que acabará, também, refletindo no preço da gasolina que tem em sua composição álcool anidro.
Aliás, neste período do ano, o movimento de abastecimento é reduzido nos postos da capital, e o público geralmente opta pelo abastecimento nos postos situados na saída de Salvador ou nas estradas que levam aos festejos juninos. É fato público e notório que a cidade tem movimento mínino durante o recesso de São João e, consequentemente, os postos de combustíveis só voltam a ter o movimento normalizado após o retorno às aulas.
O detalhamento da pesquisa de preço da ANP é a prova inconteste de que a revenda baiana não usa subterfúgios para reajustes de preço. A concorrência é a única arma do mercado que favorece o consumidor com constantes variações mercadológicas. Se o aumento é considerado abusivo, a categoria não pode ser considerada culpada.