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Os dez anos da criação do Comitê da Bahia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) serão comemorados com uma ampla programação nos dias 7, 8 e 9 de julho, em Petrolina, Pernambuco. A programação comemorativa será aberta na quinta-feira (07) no auditório da Escola Técnica do Senai de Petrolina (Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, 267, Areia Branca) com a presença de autoridades e membros do comitê, que falarão sobre a trajetória do CBHSF.
Após a solenidade que marca o aniversário, será lançado o livro "10 Anos CBHSF", um relato da história dessa instituição pioneira no país na gestão de recursos naturais e sua articulação com as atividades produtivas.
O trabalho mostra a experiência de criação e funcionamento do mais importante comitê gestor de bacia hidrográfica do país, modelo que surgiu da necessidade de integrar governos (federal, estaduais e municipais), a população usuária das águas e a sociedade civil na busca do desenvolvimento sustentável de toda a região.
Como nenhum outro no território brasileiro, o rio São Francisco integra, ao longo dos seus 2.700 quilômetros de extensão, duas importantes regiões - Sudeste e Nordeste - e nada menos do que sete unidades federativas - Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e o Distrito Federal -, abrangendo 503 municípios e uma população estimada de 15,5 milhões de pessoas, numa área de 634 mil quilômetros quadrados.
Toda essa amplitude é abarcada pelas ações desenvolvidas pelo comitê, que realiza, após o evento comemorativo, sua décima nona plenária. É nesses encontros que são definidas normas de uso dos recursos naturais da bacia e respondidas as consultas formuladas pela sociedade acerca da preservação e exploração consciente dos potenciais do ecossistema. O papel do CBHSF é, de fato, desempenhado nessas plenárias, quando são estabelecidas as regras de conduta locais, gerenciados os conflitos de interesse locais.
Represesentatividade A própria composição da entidade, que prevê a participação de todos os atores envolvidos com a bacia, auxilia a busca de equilíbrio nas decisões. O poder público divide espaço com os representantes da população ribeirinha, que é, de fato, quem depende mais diretamente dos recursos naturais da bacia; da sociedade civil, representada por organizações não-governamentais ligadas à questão da preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável e ainda da representação dos grupos indígenas residentes na área da bacia.
O atual presidente do comitê é Geraldo José dos Santos, representante do Governo de Minas Gerais, que divide as atribuições executivas da entidade com Edite Lopes de Souza, da Associação de Promoção de Desenvolvimento Solidário e Sustentável (Ades), vice-presidente, e com o secretário José Maciel Nunes Oliveira, da Federação dos Pescadores do Estado de Alagoas. Cada um representa um dos segmentos que compõem o comitê, poder público, ONGs e usuários dos recursos do rio.