A Embasa inaugura, na presença do Governador Jaques Wagner, sexta-feira, dia 27, às 9 horas, na Estação de Condicionamento Prévio da Foz do Brasil, na Boca do Rio, o Sistema de Disposição Oceânica - SDO Jaguaribe, marcando uma nova fase para o saneamento básico da região metropolitana de Salvador. C
onstruído por meio de Parceria Público Privada (PPP), uma das primeiras do País na área de saneamento, o sistema vai beneficiar, numa primeira fase, mais de 1,9 milhão de habitantes da capital e de Lauro de Freitas.
O investimento, da ordem de R$ 259 milhões, possibilita a ampliação do índice de cobertura do serviço de esgotamento sanitário para 90%, na capital baiana, um dos maiores entre as capitais brasileiras, pois garante a destinação adequada de esgotos coletados em bacias existentes que estão sendo ampliadas e nas novas bacias que estão em construção para atender os bairros de Águas Claras, Cajazeiras, Vila Canária, Castelo Branco, Valéria, Jardim Esperança, Sete de Abril, São Marcos, Trobogy e Canabrava, áreas densamente povoadas.
SEGUNDO EMISSÁRIO
Até então, Salvador contava apenas com um emissário submarino, o do Rio Vermelho, inaugurado em 1975. Trabalhando no limite de sua capacidade de processamento (8,3 mil litros por segundo), este sistema de disposição oceânica já não pode, sozinho, absorver as milhares de novas ligações domiciliares que vêm sendo implantadas pela Embasa em Salvador, nos últimos anos.
O SDO Jaguaribe foi concebido e construído para estruturar a ampliação da cobertura de atendimento com esgotamento sanitário, em Salvador, e viabilizar a implantação deste serviço em Lauro de Freitas.
O sistema foi implantado a partir de PPP firmada, após processo licitatório, entre a Embasa e o Consórcio Jaguaribe, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pela Foz do Brasil - responsável pela locação e operação desse sistema pelos próximos 15 anos - e pela Odebrecht Infraestrutura, responsável pela construção de todo o conjunto de obras e equipamentos que compõem o SDO.
Estrutura do emissário
Apesar de boa parte da estrutura do SDO Jaguaribe estar embaixo do chão e do mar, é possível visualizar alguns equipamentos deste sistema de disposição oceânica. A Estação de Condicionamento Prévio (ECP), situada numa colina da comunidade do Bate Facho pode ser vista da avenida Jorge Amado. É para lá que os esgotos são conduzidos para passarem por tratamento. Já a Estação Elevatória do Saboeiro pode ser vista ao lado do Parque da Bolandeira.
Esta estação é responsável por enviar todos os esgotos coletados nas bacias de esgotamento atendidas pelo sistema até a ECP. Nas proximidades da Praia dos Artistas, é possível, também, encontrar a estrutura que antecede o encontro entre os emissários terrestre e submarino.
As estruturas não aparentes foram instaladas com tecnologia capaz de não causar nenhum transtorno à comunidade do entorno. O emissário terrestre, por exemplo, com 1.342 metros, foi implantado a 20 metros de profundidade por meio de uma perfuratriz chamada pipe jacking, equipamento importado da Alemanha e considerado o melhor do mundo para esse tipo de perfuração.
Controlado remotamente, a máquina perfura o solo com baixíssimo nível de impacto, evitando poeira e interdição das vias urbanas, uma vez que escava pelo subsolo, sem necessidade de intervenções em ruas e avenidas. Também é o método mais seguro, pois elimina os riscos de acidentes por não usar explosivos e evitar desmoronamentos.