Economia

SETOR COOPERATIVISTA CONTABILIZA RESULTADOS POSITIVOS NO ANO DE 2010

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| 12/05/2011 às 08:21
 O setor cooperativista brasileiro encerrou o exercício de 2010 contabilizando resultados positivos. Os números foram apresentados durante Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada no dia 28 de abril, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). A AGO contou com a participação dosr presidentes das 26 organizações estaduais, entre eles, João Paulo Koslovski, da Ocepar.

Também foi prestigiada pelo presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Odacir Zonta. Segundo o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, o desempenho do segmento no ano passado deixa a sensação de dever cumprido. "Foi um ano de bons frutos, marcado por um processo de crescimento e maturação. Este é o sentimento que perpassa todo o sistema cooperativista brasileiro quando avaliados os caminhos percorridos em 2010. Mais uma vez, ratificamos a capacidade particular do cooperativismo, de aliar o desenvolvimento econômico à eficácia social, com um caráter empreendedor e gerador de trabalho e renda", afirmou Freitas.

Números 

O sistema cooperativista brasileiro é responsável por 6% do PIB nacional. Com movimentação econômico-financeira de R$ 90 bilhões, o setor congrega 6.652 cooperativas. Em 2010, foi registrado aumento de associados e empregados, seguindo a tendência registrada em 2009 e 2008. No último ano, o setor reuniu cerca de 9,1 milhões de associados e 298.182 empregados, o que representa um crescimento de 9,3% e 8,8%, respectivamente. Os ramos que atingiram maior aumento de cooperados foram Transporte (200,5%, o que corresponde a cerca de 320 mil) e Crédito (14,9%, o que equivale a cerca de 4 milhões). Quanto ao total de cooperados, destacaram-se os ramos Crédito e Agropecuário, com incremento de praticamente 13,5 mil e 7 mil novos colaboradores, respectivamente. O sistema engloba ao todo 13 ramos: Agropecuário, Crédito, Trabalho, Transporte, Saúde, Educacional, Habitacional, Infraestrutura, Produção, Consumo, Mineral, Turismo e Lazer e Especial.

     
Exportações - As cooperativas brasileiras geraram, em 2010, uma receita recorde em exportações, alcançando a marca de US$ 4,4 bilhões. O resultado superou historicamente em 10% o valor exportado em 2008, quando o segmento já vivenciava os primeiros efeitos da crise internacional. Mesmo com a paridade cambial desfavorável às exportações, a balança comercial do cooperativismo brasileiro alcançou, no último ano, superávit de US$ 4,1 bilhões. No mesmo período, as importações registraram queda de 12,96% em comparação com 2009, com um total de US$ 273 milhões. As quantidades exportadas, por sua vez, também apresentaram uma recuperação significativa de 11,08%, acompanhando o desempenho da economia brasileira. No total, foram comercializas cerca de 7,9 milhões de toneladas de produtos agropecuários.

     
Produtos - Nas vendas do cooperativismo ao exterior, 99% dos produtos são oriundos do agronegócio. Entre os principais mercados de destino dos produtos cooperativistas, destacam-se a China e os Emirados Árabes, países que ampliaram as relações comerciais com as cooperativas brasileiras, aumentando substancialmente as importações dos itens comercializados. Em 2010, a China ocupou a primeira posição, passando a Alemanha que, em 2009, foi o principal parceiro comercial. 

"Esse crescimento pode ser justificado pela gestão cada vez mais profissionalizada das cooperativas. É resultado do olhar atento à manutenção de produtos e aos mercados já consolidados, da constante preocupação em diversificar itens e compradores, além da busca por novas oportunidades de negócios e por diferenciais competitivos", comenta o presidente da OCB. Ainda de acordo com Lopes, o ano foi marcado pelo aprimoramento da gestão e da governança cooperativa. Ele destacou a realização, em 2010, do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que discutiu o futuro do setor, e a concessão do registro sindical da Confederação Nacional das Cooperativas (CNcoop), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Fonte: Ocepar