Economia

"TATU" TERIA EMPERRADO E OBRAS DO EMISSÁRIO SUBMARINO ATRASAM MESES

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| 17/03/2011 às 18:00
Emissário de Jaguaribe era para ser entregue em 2010 e estamos em março 2011
Foto: Odebrecht Hotline

Apesar de todo o silencio sobre o assunto deveras importante, um equipamento que a Construtora Odebrecht está usando nas obras do emissário submarino da Boca do Rio, para perfurar um túnel sob o mar em frente à praia dos Artistas, conhecido como "Tatu" na área de construção civil, teria emperrado há algum tempo e a empresa envida todos os esforços possíveis para conseguir retirá-lo, para dar prosseguimento aos serviços.


Esse túnel atravessou toda a área da Avenida Jorge Amado, vindo desde a recém construída Estação de Condicionamento que fica perto do Museu de Ciência e Tecnologia até o mar, sendo vital para funcionamento de todo complexo, cuja implantação foi objeto da 1ª. parceria publico privada do Estado, ficando a cargo da EMBASA.


Em virtude deste acidente, o complexo do emissário submarino não pode entrar em funcionamento, em janeiro passado conforme prevê o contrato da PPP, para proporcionar um destino final aos dejetos sanitários coletados ao longo da área da orla que vai da Boca do Rio a praia do Flamengo e da avenida Paralela e seu entorno, que não é pouca coisa. No futuro vai receber os dejetos coletados pela malha de Lauro de Freitas através do interceptor da Paralela.


Em compensação, segundo os moradores da Boca do Rio, o rio das Pedras que deságua na praia dos Artistas está recebendo toda a carga poluidora, produzida por estes setores de Salvador, já que foi interrompido o bombeamento dos esgotos para a Estação do Rio Vermelho, fato divulgado pelo BJá há bastante tempo. Ainda segundo os moradores locais, outros dejetos que estão sendo despejados no rio são os provenientes do tratamento químico da água na Estação de Bolandeira.
 

MATÉRIA DE ARQUIVO DA AGECOM


Mais uma etapa das obras de construção do emissário submarino, na Boca do Rio/Jaguaribe, foi concluída esta semana, com a submersão do último trecho de 800 metros da tubulação, no total são 3,2 quilômetros.A obra é a primeira Parceira Público Privada (PPP) na área de saneamento do PAC e conta com investimentos de R$ 205 milhões. O Governo do Estado deve investir mais de R$ 200 milhões para a ampliação da cobertura sanitária da capital. Bairros como Trobogy, Águas Claras e Cajazeiras, além da cidade de Lauro de Freitas, serão beneficiados com ligações sanitárias domiciliares e escoamento do esgoto.


"A construção do emissário da Boca do Rio é fundamental para ampliar a rede sanitária de Salvador. Isso porque, atualmente, o emissário do Rio Vermelho opera com sua capacidade máxima e não pode suportar a afluência de novas bacias sanitárias", disse o presidente da Empresa Baiana de Saneamento (Embasa), Abelardo de Oliveira.


A PPP inclui ainda a construção de emissário terrestre, a ampliação da estação elevatória de esgoto e a construção da estação de condicionamento prévio e da linha de recalque, que fazem com que o esgoto seja previamente ‘filtrado' podendo ser remetido ao mar já bastante diluído.


A empresa Odebrecht é quem está no comando da obra e deve operar o sistema pelos próximos 15 anos, quando depois passa o controle ao Estado. Como se trata de uma PPP, até a entrega da obra o governo não tem nenhum custo. Além disso, a obra é financiada, em 30% do seu valor, com recursos captados pela própria empresa. Os outros 70% são financiados pela Caixa Econômica.


Os tubos são feitos de polietileno de alta densidade, material termoplástico adequado para tubulações que sofrem impactos. Têm 1,6 metros de diâmetro. A capacidade para vazão será de 6 mil litros por segundo. Eles foram construídos num estaleiro de Mapele, na Baía de Aratu, e rebocados até o local de afundamento, a 45 metros de profundidade, operação que contou com inúmeros mergulhadores, projetistas e consultores.

16.fev.2009

Fonte: AGECOM (www.agecom.ba;gov.br)

MATÉRIA DE A TARDE ANUNCIANDO
FIM DA OBRA EM 2010

Em visita a Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta terça-feira (28) um acordo de Parceria Público Privada (PPP) para a construção e operação do Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe, dispositivo de tratamento de esgoto que integra o emissário submarino da Boca do Rio.


De acordo com o Governo do Estado, o custo total do empreendimento é de R$ 205 milhões, sendo que R$ 173,8 milhões serão financiados pelo Governo Federal, com recursos do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e os 30% restantes, da iniciativa privada (Odebrecht). A obra deve beneficiar mais de 1,1 milhão de pessoas em Salvador e Lauro de Freitas. A conclusão está prevista para 2010.


O projeto prevê a construção do Emissário Submarino da Boca do Rio, do Emissário Terrestre, da ampliação da Estação Elevatória de Esgoto do Saboeiro, da construção da Estação de Condicionamento Prévio e da Linha de Recalque. A implantação do Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe vai permitir o tratamento e a disposição final dos esgotos gerados em Salvador e Lauro de Freitas.


Objetivos
- "O Emissário Submarino da Boca do Rio irá veicular esgoto eminentemente doméstico. Os riscos à população são praticamente nulos", garantiu o diretor operacional da Embasa, Eduardo Araújo. Segundo ele, o Governo do Estado optou pela construção do Emissário Submarino da Boca do Rio, porque o Emissário do Rio Vermelho, que tem mais de trinta anos, está operando com sua capacidade máxima (8.300 litros de esgoto p/s).


"A construção deste novo dispositivo de esgotamento sanitário é uma solução segura e eficiente. Significa que vamos dar mais atenção às praias de Salvador, melhorando suas condições de balneabilidade", afirmou.


De acordo com o diretor do Consórcio Jaguaribe, Raul Pereira, as obras foram iniciadas no dia 31 de maio. A construção e a operação do projeto ficarão a cargo da empresa Jaguaribe Construção e Locação, com financiamento da Caixa Econômica Federal. As obras já avançaram para a avenida Jorge Amado.


Ainda segundo Pereira, um dos poços, por onde vai ser implantada a tubulação de concreto do emissário terrestre, está pronto. Mais três poços estão sendo escavados ao longo da avenida.


"No dia 18 de novembro, chega em Salvador um equipamento importado, chamado Pipejacking, para instalação da tubulação subterrânea sem a necessidade de escavar o trecho por onde ela vai ser assentada", anunciou Pereira.
 
(Matéria publicada em A Tarde, dia 28/10/2008)