Economia

GREVE DA CONSTRUÇÃO CIVIL COMPLETA 7 DIAS E TEM RODADA DECISIVA HOJE

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| 17/02/2011 às 11:32
Sindicato dos Trabalhadores admite um reajuste de 15% nos ganhos salariais
Foto: BJÁ
A greve dos trabalhadores da construção completa hoje sete dias. O impasse continua. Os empresários apostaram na desmobilização nos canteiros de obras, mas os operários mostram que estão organizados e com fôlego para dar continuidade ao movimento paredista, até que sejam atendidas suas reivindicações.

Segundo avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção da Bahia (Sintracom-Ba), José Ribeiro, a greve atinge cerca de 90% dos canteiros de obras. Às 14 horas de hoje (17) haverá uma reunião com os representantes dos trabalhadores e dos patrões na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
 
Paralelamente, os trabalhadores se concentram no Campo Grande, de onde saem em passeata até o Largo de São Bento. Desde o dia 10/02, os (as) operários (as) da construção estão parados, conforme decisão aprovada em assembléia realizada no dia 8/02, com o Largo de São Bento lotado. Foram realizadas grandes passeatas nas principais vias da cidade, Avenida Paralela e Avenida Sete de Setembro (Centro), e manifestações em diversos pontos da cidade.

Apesar dos altos índices de crescimento do setor em 11%, os patrões não atenderam à pauta de reivindicações, enviada desde novembro de 2010. Inicialmente, os (as) trabalhadores (as) reivindicavam 18,7% de reajuste salarial, mas aprovaram em assembléia o percentual de 15% de reajuste.

Nas reuniões de negociações que vêm sendo realizadas na SRTE, os empresários apresentaram contraproposta de reajuste de 6,47%, pelo INPC. A mediação da SRTE tentou solucionar o impasse e fez uma proposta de 11,7% de reajuste salarial. A assembléia dos (as) trabalhadores (as) votou pela manutenção da proposta de 15% de reajuste salarial, que já estava aprovada em assembléia realizada no dia 03/02.

Além disso, os (as) trabalhadores (as) reivindicam aumento da cesta básica para R$ 110 e os patrões oferecem R$ 80 e R$ 60. Mais informações: José Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA) - (71)