"Nossa luta é para que o Porto de Ilhéus continue sendo um equipamento importante para o desenvolvimento do município e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida do povo ilheense. Nesse contexto, faremos tudo que for possível para que ele seja modernizado e favorecido pela atração de novas cargas".
A declaração foi feita pelo secretário de Indústria, Comércio e Planejamento da Prefeitura de Ilhéus, Alisson Mendonça, logo após o encontro mensal do Conselho da Autoridade Portuária (CAP), realizado na sala de reuniões da Associação Comercial de Ilhéus (ACI). Entre outros, a reunião do CAP contou com as presenças do deputado federal Geraldo Simões, do presidente da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), José Rebouças, do coordenador de gestão portuária Eduardo Melquíades e do secretário-extraordinário da Indústria Naval e Portuária, Roberto Benjamim.
Alisson Mendonça lembra que a modernização do Porto Internacional de Ilhéus passa, fundamentalmente, pelo aumento da profundidade do cais de atracação para 14 metros e pela conclusão da retroárea de 100 mil metros quadrados. "Com isso, teremos a possibilidade de receber navios de médio e grande porte, realidade que, com certeza, incrementará ainda mais a nossa economia, gerando renda e empregos para a nossa população", explicou, acrescentando, todavia, que uma dragagem emergencial deve ser realizada no prazo de 90 dias para garantir a profundidade atual de 10 metros.
O secretário de Indústria, Comércio e Planejamento, que também é membro do Conselho de Autoridade Portuária, enfatizou que a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste vai servir para ligar o Porto Internacional a uma imensa rota de desenvolvimento. "No bojo desse processo, é fundamental destacar também a construção do Porto Sul, que, ao contrário do que muitos pensam, não vai enfraquecer, mas, sim, fortalecer o dia-a-dia do Porto Internacional.
Para que tudo ocorra bem, precisamos preparar o nosso Porto para esta nova realidade, agilizando as obras de infraestrutura que começaram há cerca de três anos", afirmou. Alisson chama atenção ainda para a necessidade de que o Porto, que hoje opera com cacau, óxido e magnésio, seja dinamizado com a soja produzida no oeste baiano e com a celulose industrializada no Sul e no Extremo Sul do Estado, além do níquel da Mirabela do Brasil, no município de Itagibá, que passa a ser embarcado a partir de janeiro.
Enrocamento
Outro tema tratado durante a última reunião do Conselho da Autoridade Portuária foi a questão da acessibilidade. "Um grande porto precisa de um bom sistema de acessos. Infelizmente, em Ilhéus, o acesso ao Porto Internacional é feito através da utilização de ruas densamente habitadas, o que dificulta bastante as operações portuárias.
Uma das propostas para enfrentarmos esse problema, cuja obra seria financiada pelo governo federal, é fazermos um enrocamento, que partirá da antiga rua da Petrobras, paralelo à rua Rotary, chegando ao Porto pelo Tiro de Guerra", adiantou. Por fim, ainda como proposta para dinamizar o equipamento, Alisson citou o projeto de construção de um receptivo, entre a concha acústica e a entrada do porto, para receber os milhares de turistas que chegam a Ilhéus através dos transatlânticos. |