Economia

ATÉ SBT ENTROU COMO GARANTIA PARA TENTAR SALVAR BANCO DE SILVIO SANTOS

vide
| 10/11/2010 às 13:26
Todas as 44 empresas de Silvio Santos foram dadas como garantia ao FGC
Foto: DIV

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC), instituição formado pelos bancos brasileiros, fez um aporte de recursos de cerca de R$ 2,5 bilhões no Banco Panamericano, e o empresário Silvio Santos deu todas as suas 44 empresas como garantia ao empréstimo, inclusive o SBT, a terceira emissora de TV em audiência.


A operação foi solicitada pelo Banco Central e é garantida por uma emissão privada de debêntures não-conversíveis em ações feita pela holding SS Participações, do empresário e apresentador Silvio Santos.

Os papéis têm prazo de 10 anos para resgate, dos quais três de carência. A remuneração será feita pelo IGP-M sem juros. Essa debêntures ficarão em posse do FGC.


Segundo Gabriel Jorge Ferreira, presidente do conselho de administração do FGC, todas as 44 empresas do grupo Silvio Santos foram dadas em garantia, as principais são a rede de TV SBT, o banco Panamericano, as fabricantes de cosmético Jequiti, as lojas do Baú da Felicade e a Liderança Capitalização.


"O próprio Silvio Santos foi quem negociou conosco", disse Ferreira. De acordo com ele, o banco Panamericano é o ativo com maior potencial de liquidação. Silvio Santos detém 51% do capital votante. O restante está nas mãos na Caixapar, subsidiária da Caixa Econômica Federal, que adquiriu os 49% no ano passado ao comprar a participação por R$ 739 milhões.

FATURAMENTO


Um dos principais motivos que levaram o Banco Central e a Caixa Econômica Federal a aprovar o empréstimo de R$ 2,5 bilhões ao Grupo Silvio Santos para salvar o Panamericano foi o fato de o empresário ter dado como garantia a sua TV, o SBT, que é a terceira no ranking de audiência no País.

Segundo o iG apurou, só o SBT fatura por ano R$ 2,5 bilhões, que foi o valor do empréstimo contraído por Silvio Santos junto ao Fundo Garantidor de Crédito para ser injetado no Panamericano.

Leia também: