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Educação de uma maneira geral, com ênfase na formação de mão-de-obra especializada, obras de infraestrutura e investimento tecnológico no setor agrícola. Essas foram algumas das diretrizes estratégicas apontadas pelos conselheiros e representantes de organizações sociais para o desenvolvimento do Estado, na 1ª Reunião Extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CODES), que aconteceu na manhã desta sexta-feira (27/08), das 9h30 às 12h30, na Associação Comercial da Bahia.
"Através das discussões, o gestor percebe o rumo que a sociedade quer e assim gerar os resultados", disse o Secretário de Relações Institucionais, Emilson Piau, ao lembrar que o encontro tem a finalidade de subsidiar a Agenda Baiana de Desenvolvimento, através das propostas da Agenda Nacional para o Novo Ciclo de Desenvolvimento e o Pensar a Bahia 2023. A sessão foi aberta pelo Ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha e pelo governador Jaques Wagner, que classificou o encontro como um espaço de trabalho que contribui para a consolidação da democracia brasileira.
O ministro destacou a importância de eventos como esse, enquanto que o governador apontou a desigualdade social como o maior obstáculo ao desenvolvimento não só do País, como do Estado. "A Bahia é um dos estados com maior desigualdade social e é preciso resolver esse problema. É uma responsabilidade do conjunto social como um todo, não só do governo", ressaltou.
Os conselheiros do Conselho Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e do CODES, Vicente Mattos e Nair Goulart, fizeram uma breve exposição dos pontos principais da Agenda Nacional. Além disso, destacaram alguns pontos que não tiveram um consenso entre trabalhadores e empresários, a exemplo da redução da jornada de trabalho e da tributação sobre a folha de pagamento das empresas. O superintendente de planejamento estratégico da Secretaria de Planejamento, Paulo Henrique Alcântara, que fez uma breve explanação do Programa Pensar a Bahia 2023, mencionou a construção do Zoneamento Econômico e Ecológico do Estado da Bahia, no qual o meio ambiente andará lado a lado com o desenvolvimento econômico.
A secretária Chefe da Casa Civil, Eva Chiavon, enfatizou dois pontos importantes a serem incluídos na Agenda Baiana: o primeiro é como o Estado será o coordenador do processo de desenvolvimento, na medida em quem necessita de mão-de-obra especializada, como professores e engenheiros e o outro é a educação para o trabalho, uma vez que, além da escolarização normal, os jovens - que ocupam um espaço grande na pirâmide etária do Estado - precisam também de qualificação profissional. Em relação à última, o ministro Alexandre Padilha fez um adendo. "Educação profissional não é educação de segunda classe", afirmou.