Economia

GOVERNADOR VISITA MONSANTO QUE RECEBE INVESTIMENTOS DE U$450 MILHÕES

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| 20/04/2010 às 20:40
Direção da Monsanto, Luiza Maia, Luiz Caetano e governador Wagner na Monsanto
Foto: DIV
O governador da Bahia, Jaques Wagner, visitou hoje as instalações da fábrica da Monsanto em Camaçari (BA), que recebeu investimentos de US$ 450 milhões -- US$ 350 milhões em sua construção e mais US$ 100 milhões aplicados na modernização e
manutenção -- o equivalente a R$ 810 milhões. Esses investimentos
somados aos aportes dos fornecedores da Monsanto totalizam US$ 550
milhões.

A unidade de Camaçari oferece hoje cerca de 1.500 empregos
diretos e indiretos, principalmente no município e na vizinha Dias
D´Ávila. O governador Jaques Wagner esteve no local acompanhado do
secretário de Indústria, Comercio e Mineração da Bahia, James Correia,
do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, da presidente da Câmara dos
Vereadores de Camaçari, Luiza Costa Maia, além de autoridades da região,
clientes e fornecedores. O governador manifestou seu apoio a Monsanto no
processo antidumping movido contra os fabricantes chineses.

"As razões da Monsanto são absolutamente consistentes. Não aceito que
fiquemos na dependência da importação de um produto tão estratégico para
a agricultura brasileira. Não podemos ficar reféns da produção chinesa
de glifosato. Como representante do povo baiano, estou completamente
engajado nesta batalha. E como estamos do lado do bom senso, vamos lutar
a boa briga", afirmou o governador Jaques Wagner, em discurso para
funcionários da Monsanto, clientes, fornecedores e convidados.

GERAÇÃO DE TRABALHO

Com uma área de 631 mil m², 200 mil deles de área construída, a unidade
de Camaçari produz a matéria-prima para a fabricação do herbicida
Roundup. Do volume produzido, 85% são destinados à unidade de São José
dos Campos (SP), responsável pela manufatura do produto final; e os 15%
restantes são exportados para fábrica de Zarate, na Argentina, que antes
recebiam matérias-primas importadas dos Estados Unidos.

"Não há política social melhor que a geração de trabalho, emprego e
renda", disse o governador Jaques Wagner. "Temos que nos orgulhar muito
dessa fábrica", completou.

A fábrica de Camaçari é fundamental para garantir o abastecimento e o
crescimento sustentável da agricultura brasileira. A produção de
glifosato no país encontra-se atualmente seriamente ameaçada pela
competição desleal com produtos importados da China.
 
A participação
chinesa no mercado nacional de glifosato ácido subiu de 13% para 67% em
apenas dois anos. Além dos subsídios recebidos do governo da China, do
descaso com questões ambientais e da falta de direitos trabalhistas, os
produtores chineses foram beneficiados pela redução da tarifa de
antidumping, que caiu de 35,8% em fevereiro de 2008 para 2,1% em
fevereiro de 2009. Para reverter essa situação, a Monsanto apresentou à
Câmara de Comércio Exterior (Camex) um pedido de adoção de um direito
antidumping específico móvel para as importações de glifosato da China,
com o objetivo de garantir a competição justa, em igualdade de
condições, dos fabricantes nacionais.

"Temos um produto diferenciado, de qualidade e tradição. Mas o problema
é que estamos sendo prejudicados com a concorrência predatória dos
produtores chineses, que não têm nenhum investimento no país na produção
de glifosato", afirma Ricardo Madureira, diretor geral para América do
Sul de Proteção de Cultivos da Monsanto, que também acompanhou o
governador em sua visita.

Segundo Madureira, do ponto de vista financeiro de curto prazo, não está
valendo a pena produzir no Brasil atualmente. Mas a Monsanto aposta numa
mudança de cenário. "Com os preços atuais de glifosato, a produção local
é inviável. Tanto que empresas que produziam matéria-prima no país
deixaram de fazê-lo e passaram a importar da China. Uma opção para nós
seria trazer a matéria-prima de Roundup da fábrica americana de Luling,
que acaba de ser ampliada e tem capacidade para abastecer Brasil e
Argentina, substituindo toda operação de Camaçari e parte da de São José
dos Campos (SP). Mas esperamos que o problema do dumping chinês seja
resolvido e que possamos virar o jogo", completa Madureira.

Desde que passou a operar na Bahia, a Monsanto fez diversos contratos
com companhias do Pólo Industrial de Camaçari para fornecimento de
utilidades e matérias-primas, como Braskem (fornecedora de cloro, soda
cáustica, água, vapor e energia elétrica), Oxiteno (DEA), Copenor
(formol), Bahiagás -- Companhia de Gás da Bahia (distribuição de gás
natural) e Cetrel S.A - Empresa de Proteção Ambiental, responsável pelo
tratamento e disposição final dos efluentes e resíduos industriais.
"Várias empresas estão ligadas à nossa operação e muitas dependem de
nós", explica Gilmar Beraldo, gerente da unidade da Monsanto.

Atuação responsável

A Monsanto contribui para o desenvolvimento da sociedade brasileira,
apoiando projetos que favoreçam as comunidades onde está inserida e
preservando seus recursos naturais. A unidade de Camaçari (BA) é um
exemplo, com forte atuação não só no município, mas também na vizinha
Dias D´Ávila, tendo investido R$ 5,2 milhões na comunidade e na área
social desde 2000, beneficiando mais de 20 mil pessoas. Dentre os
programas desenvolvidos estão o /Crianças Saudáveis, Futuro Saudável/,
que tem o objetivo de levar educação sanitária, alimentar e combate a
verminoses para estudantes da rede pública, e o Coral /Pequenos Cantores
Monsanto/, que promove a inclusão social de crianças carentes por meio
da arte. Há, ainda, o /Viagem à Literatura infanto-juvenil, de/ estímulo
à leitura e esforço escolar a estudantes com dificuldade de
aprendizagem; o /Projeto Florescer/, de criação de uma reserva florestal
no entorno da unidade de Camaçari; o /Projeto Cozinha Brasil,
de/ aproveitamento integral de alimentos; o /Horta Brasil, que /ensina a
cultivar hortaliças nas escolas promovendo conceitos de preservação
ambiental e consumo consciente; e o de /Reciclagem da água da chuva/.