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Porto de Salvador é um dos gargalos da falta de infraestrutura
Foto: BN
Segundo informou esta semana o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial baiana caiu em fevereiro (-2,3%), em comparação com o mês anterior.
A Bahia foi a principal surpresa dos analistas, que esperavam que com o fim da crise o Estado fosse retomar a tendência de crescimento. O direto de Assuntos Econômicos do Instituto dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia, (IAF), Sérgio Furquim, voltou a afirmar que enquanto o governo não adotar uma política de investimentos em infra-estrutura e na atração de novas indústrias, o Estado continuará a amargar a péssima posição que ocupa dentre os estados brasileiros com capacidade de alavancar à produção ainda nesta década.
Na média nacional, a indústria apresentou avanço de 1,5% na mesma base de comparação, tendo tido crescimento real em sete das 14 regiões pesquisadas.
Mais uma vez o estado de Pernambuco esteve em destaque, com uma alta de 11,1%. Goiás (8,3%), Rio de Janeiro (2,3%), São Paulo (2,2%) e Minas Gerais (2,0%) e Pará (1,3%), também ajudaram a impulsionar a média nacional.
REGIÕES
Um dado positivo, no entanto, ressaltou Furquim, é que na comparação com fevereiro de 2009, a atividade industrial subiu em todas as 14 regiões analisadas. Na média nacional, a indústria teve alta de 18,4% na mesma relação. ?Devemos considerar que no início do ano passado, diante dos efeitos da crise, a indústria brasileira foi bastante atingida, disse Furquim.
O diretor do IAF ressaltou que Estados que adotaram um adequada política fiscal de enfrentamento à crise, com incentivos à industria, detiveram os maiores avanços em relação a igual período no ano passado, e ditou os exemplos do Espírito Santo (37,9%), Goiás (31,6%), Minas Gerais (26,0%), Pernambuco (24,7%), Amazonas (22,5%) e São Paulo (20,9%).
"Infelizmente a Bahia demorou muito para perceber de que a intervenção do Estado sob o ponto de vista macroeconômico se fazia necessário no momento de crise, e o instrumento próprio para isso seria uma política fiscal mais eficiente, consonante com um sólido plano de desenvolvimento", disse.
Para Furquim, o tratamento diferenciado recebido por alguns estados na distribuição e execução das obras do PAC, tem sido um fato determinante no desenvolvimento de alguns estados, como Pernambuco, Espírito Santo e São Paulo, e isso se reflete diretamente na produção industrial.