A comissão criada para investigar o acidente ocorrido na semana passada na
refinaria Landulpho Alves se reuniu nesta quarta-feira (17) para analisar as
causas do acidente, que vitimou três funcionários terceirizados. Ontem, os
integrantes da comissão visitaram a unidade 83 da refinaria, onde houve a
explosão na tubulação de vapores deixou os operários gravemente feridos na
última sexta-feira (12).

Para protestar, funcionários terceirizados que prestam serviço à Petrobras
têm realizado diversas manifestações exigindo resposta sobre o acidente e
estão apreensivos com a falta de segurança no local.

Segundo o diretor do Sindicato do Ramo Químico e Petroleiro, Moises Rocha,
que acompanha o caso, os profissionais terceirizados não têm recebido muita
atenção da estatal. Segundo Rocha, que também faz parte da comissão, de cada
10 acidentes ocorridos na Landulpho Alves, oito vitimam terceirizados, pois
estes não estão preparados para situações de emergência.

"Se a Petrobras não fizer ações que envolvam os terceirizados, nunca irá
evitar acidentes com tamanha gravidade com estes profissionais. A estatal
tem que rever a sua política com os terceirizados, principalmente na área de
segurança do trabalho, que deixa a desejar. Estes profissionais não têm
recebido atenção da empresa" afirma Moises Rocha.

Os funcionários são da MIP - prestadora de serviços da Petrobrás - e foram
atingidos por um vapor de alta pressão e temperatura. Eles foram
encaminhados para o Centro de Medicina Humana, em Candeias. Uma das vítimas
teve mais de 70% do corpo queimado e passou por uma cirurgia de emergência.
Os outros dois tiveram de 15% a 20% do corpo queimado e estão internados na
enfermaria do hospital.